Dissertando com café


Arquivo: 15 de dezembro de 2010

Muito prazer, nós somos a Geração Y

Nós Jovens, nascidos entre os anos 1980 e 2000, somos considerados um elenco da Geração Y, também chamados de Geração Millennnial (Filhos do Milênio) ou Geração da Internet.

A nossa geração desenvolveu-se em uma época do boom dos avanços tecnológicos e da prosperidade econômica, ou seja, evoluímos seres totalmente competitivos, com mentes ágeis e individualistas. Competitivos:  gostamos de aventuras e desafios. Crescemos vivendo em ação. O JN noticia a Guerra Civil do Rio de Janeiro, a novela ficciona a tortura ou um assalto com o protagonista, depois vem Tela Quente, com o filme Duro de Matar 3: a vingança. A televisão influenciou muito na nossa personalidade e hábitos; Mentes ágeis: fomos estimulados por diversas atividades, fazendo tarefas múltiplas. Crescemos, no meio de diversos recursos da Internet, iPods, Messenger, redes sociais, celulares, imersos no mundo digital com um intenso fluxo de informações. Ao mesmo tempo em que lemos notícias na internet, conversamos por mensagens instantâneas, assistimos TV e falamos ao celular; seres individualistas: além de egoístas, somos solitário. Vivemos no nosso "mundinho" do MP3, vídeo games etc. Ficamos horas na internet. Viajamos o mundo via www, mas somos incapazes de ir ao quarto do lado para conversar com o irmão. Rita Loiola, responsável por estudos do comportamento humano, na Revista Galileu (leia), faz uma análise da Geração Y. Ela cita que, ao longo dos anos, fomos nos familiarizando com as evoluções tecnológicas. “Essa é a primeira geração que não precisou aprender a dominar as máquinas, mas nasceu com TV, computador e comunicação rápida dentro de casa. Parece um dado sem importância, mas estudos americanos comprovam que quem convive com ferramentas virtuais desenvolve um sistema cognitivo diferente”, explica Rita Loiola.    

A nossa geração influenciou muito o mundo mercadológico ou Mix de Marketing, a organizações devem estar atentas aos interesses dos clientes. Nós, da Geração Y, gostamos de preço, qualidade e inovação. Há um fenômeno chamado Obsolescência Programada, que dá vida curta aos produtos de forma absurdamente rápida. A cada dia surgi um celular mais moderno e multifuncional, e o que foi comprado ontem, tornou-se obsoleto.

Outras mudanças ocorridas foram no mundo corporativo. A Geração Y é responsável por mudanças mais frequentes e profundas nas relações com as empresas. Uma geração que adora feedback, é multitarefa, sonha em conciliar lazer e trabalho e é muito ligada em tecnologia e novas mídias.

O jornalista, especialista em mundo corporativo, Max Gehringer fez uma análise, veiculada na Rádio CBN (ouça), sobre a influência da Geração Y nas empresas. Vejamos alguns tópicos:

•Primeiro: 84% dos jovens querem ser ouvidos. Só 65% consideram que a empresa os ouve.

• Segundo: 82% buscam um equilíbrio entre trabalho e qualidade de vida. Porém, 56% confessam que, não apenas não têm esse equilíbrio, como ainda se sentem estressados no trabalho.

• Terceiro: 87% desejam que a empresa lhes dê oportunidades para aprender continuamente. Só 25% dizem que estão tendo essas oportunidades.

•Quarto: 78% querem reconhecimento por seus méritos. Só 27% afirmam que estão tendo.

Max Gehringer destaca outras constatações da pesquisa. Ele brinca que provavelmente, muitas dessas constatações, vem tirando o sono dos seus ouvintes gerentes:

•Os jovens da geração Y não apreciam a hierarquia rígida, e acreditam que o poder nas empresas deve ser compartilhado. Também estão preocupados com as questões sociais e o meio ambiente, e querem trabalhar em empresas que enxerguem além dos resultados financeiros.

•Evidentemente, quando jovens que desejam tudo isso, entram em uma empresa, existe o choque entre a percepção de como o mundo corporativo deveria ser e, como de fato, ele é. Qual é a solução? A mesma usada há 40 anos, com a geração hippie. Ela mudou a maneira do mundo pensar, mas também se adaptou a algumas exigências do mercado de trabalho.

•Da mesma forma, são os jovens da Geração Y que irão ditar as regras do mercado de trabalho quando atingirem cargos gerenciais. Eles abrirão mão de alguns de seus sonhos, mas transformarão outros sonhos em normas.

Veja mais características no infográfico da Hay Group

 

 

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