sábado, 26 de fevereiro de 2011

A ascensão de um povo

Foto: G1.com
Nas últimas semanas, desde o dia 11 de fevereiro 2011, acompanhamos, em todos os noticiários, a "guerra cívil" do Egito, uma Nação em transição – a ascensão de um povo oprimido e a queda de uma ditadura fascista. Um poderio que reinou por anos. E hoje, trinta anos depois, o mundo registra uma data,  já historicamente marcada por pessoas sedentas de democracia e paz. Um povo, liderado por homens e mulheres, com acesso à informação, e mesmo de forma restrita, à internet, fez com que uma Nação inteira acordasse para uma nova era – A ERA DA LIBERTAÇÃO.    

Foto: G1.com
Uma mudança política, desencadeada pela revolta popular, força a renúncia do presidente ditador do Egito,  Hosni Mubarak, que estava há 30 anos no poder. A decisão ocorre após 18 dias de violentos protestos de rua que deixaram mais de 300 mortos e 5 mil feridos. 

Não só o Egito está em revolução. Vários países do Oriente Médio e da África se atentaram ao fascismo de ditadores cruéis, que, por anos, não fizeram nada para o progresso do seu povo. Deixou uma população inteira viver na miséria. Explorou suas riquezas, sanidade, valores.

É empolgante acompanhar a revolução desses países. Mexe com nossos nervos, e nos faz acreditar que o mundo ainda tem chance de obter igualdade entre os povos. Os EUA, a meu ver,  está paralisado com a iniciativa dos povos do Oriente Médio e da África – medo de perder seu poderio sob o petróleo e outras riquezas. A iniciativa de um país motivou vários outros países do Oriente Médio e da África. E, árabes,  africanos, povos aparentemente em decadência, mostram a força de uma Nação unida.

Foto: G1.com

E hoje, a Tunísia de Zine El Abidine Ben Ali; a Jordânia de Abdullah II; o Iêmen de Ali Abdallah Saleh; A Argélia de Abdelaziz Bouteflika; A Mauritânia de Sidi Mohammed Ould Cheikh Abdallahi; O Sudão de Omar al-Bashir;  e o Omã de Qaboos bin Said al-Said, já não pertence mais a esses reis e presidentes tiranos, e sim, a Nações inteiras, pessoas, que a partir de hoje, terão novos olhares e lutarão sempre pelos seus direitos. Eles mostram ao mundo o advento de uma nova História.



Entenda melhor a crise no Egito
O texto abaixo foi retirado do site g1.com

O Partido

O partido domina o Parlamento e esteve todos estes anos a serviço do ex-presidente, que também comandava as Forças Armadas. Mas a estabilidade deste ex-militar da Aeronáutica, principal aliado do Ocidente entre os países árabes, se viu ameaçada pela primeira vez.

No final de janeiro, a oposição no Egito se uniu pela primeira vez para integrar os protestos. Principal força oposicionista, a Irmandade Muçulmana, que tinha deixado aos seus membros a possibilidade de participar dos protestos, anunciou seu apoio oficial dias depois.

O posicionamento da Irmandade Muçulmana, organização da qual se originou a facção palestina Hamas, representou um novo desafio ao governo de Mubarak.

Somou-se a isto o retorno ao país do Nobel da Paz e ex-presidente da Agência Internacional de Energia Atômica, ligada à ONU, Mohamed ElBaradei. Ele, que conta com a simpatia do Ocidente, expressou sua disposição de assumir um eventual governo de transição e não descartou concorrer nas eleições de setembro.

O presidente dos EUA, Barack Obama, que tem no Egito o principal aliado no mundo árabe, também pressionou pela saída imediata de Mubarak. Líderes da União Europeia se juntaram aos apelos pela renúncia.

Até mesmo aliados de Mubarak, como o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Assembleia, Mostapha al Fekki, também membro do Partido Nacional Democrata, pediram ao presidente egípcio "reformas sem precedentes" para evitar uma revolução no Egito.

Pressão

Pressionado, Mubarak anunciou que não iria disputar a reeleição, nem mesmo tentar lançar o filho como sucessor. O governo também anunciou concessões, como um aumento de 15% nos salários do funcionalismo e nas aposentadorias.

Pela primeira vez em 30 anos de regime, Mubarak nomeu um vice-presidente, Omar Suleiman, que assumiu o comando das negociações com a oposição, e novos ministros. Em sua primeira reunião, o novo gabinete ministerial prometeu investigar casos de fraude eleitoral e corrupção no serviço público.

As medidas, no entanto, foram consideradas "vagas" pela oposição, que continou a reunir centenas de milhares de manifestantes na praça Tahrir, local que se tornou símbolo dos protestos antigoverno e palco das celebrações da abertura democrática.

Repressão

A dura repressão aos protestos no Egito provocou reações de diversos países. A ONU estima que mais de 300 pessoas tenham morrido e que milhares ficaram feridas desde o início das manifestações.

Houve intimidação e violência contra jornalistas, inclusive brasileiros. O uso de redes sociais para convocar as manifestações fez com que a internet e o sinal de algumas operadoras de telefonia celular fossem interrompidos – o governo negou intervenção.

Relação com os EUA

A proliferação de revoltas para países menores preocupa autoridades ocidentais pela fragilidade destes regimes. Outra preocupação do mundo Ocidental é com relação a Israel, já que, atualmente, só dois países da região têm tratados de paz com o país: Egito e Jordânia.
O número dois da diplomacia americana, James Steinberg, anunicou que os Estados Unidos trabalharão para assegurar que a violência desatada no Egito não crie "novos perigos para Israel ou a região".

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Bernado afirma que não pretende controlar o que a mídia diz.


Por ocasião da nova regulamentação da mídia eletrônica, que o Governo Federal pretende adotar, cai em crítica, se as informações veiculadas na televisão e no rádio serão interceptados. Em entrevista cedida ao jornal Estado de São Paulo (Estadão), o ministro das Comunicações, Paulo Bernado, reafirma que o governo não pretende intervir nas informações veiculadas pela mídias televisivas e radiofônicas. "Essa intenção do governo de regular a mídia eletrônica está na Constituição. Tem pelo menos quatro ou cinco artigos da Constituição que mencionam isso e que tratam do conteúdo", afirmou Bernado. 

Em contraponto, analiso se seria possível viabilizar este controle? Levando em consideração a liberdade de expressão, proferida aos meios de comunicação (rádio, tv e impresso), pela Constituição de 1988, com o objetivo de canalizar a censura, já adotada pela ditadura, anos atrás.  

Para sustentar a imagem de parceiros da mídia, o Ministro pontua, que a nova regulação, adotada pelo governo, só fortalecerá leis já exigidas pela Constituição, como, as regras já estabelecidas e seguidas pelos grandes emissoras de TV e Rádio, como um tempo mínimo de programação regional, a fim de aproximar os cidadãos aos problemas existentes em sua cidade. "Constituição proíbe manifestação de cunho racista e atentado contra crianças e adolescentes. O governo não quer controlar o que é dito nas rádios e televisões. Até porque isso é inconstitucional", comentou. "Nós somos partidários de fortalecer a democracia e não de retrocesso. Agora, se a Constituição prevê essas coisas, nós temos de ter uma legislação dizendo como isso vai se dar", afirmou.