segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Governo proíbe venda de antibióticos sem receita médica


Para quem não resiste à automedicação, precisa tomar mais cuidados, pois, a partir do último domingo (28/11), entra em vigor a nova regra para a venda de medicamentos. Todas as farmácias e drogarias serão obrigadas a vender antibióticos sob prescrição médica. Uma exigência proferida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.

A medida da Anvisa é combater superbactérias, como a klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), um organismo multiresistente à antibióticos, que ataca, principalmente, pessoas que estão com imunidade muito baixa e internadas em UTIS dos hospitais. Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o estado que mais sofreu com a bactéria KPC foi o Distrito Federal. O governo federal está acompanhando mais de perto os riscos causados na população do DF, e a Anvisa está avaliando o que provocou a disseminação da klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC ) nos hospitais públicos e privados de Brasília. Registros mostram que, desde janeiro, 15 brasiliense morreram contaminados pela superbactéria. Segundo balanço da Secretaria de Saúde, há hoje 135 pessoas contaminadas pela KPC no Distrito Federal.

Outra causa, que resultou na medida rigorosa da Anvisa e do Ministério da Saúde,  é a diminuição do uso indiscriminado de antibióticos no Brasil. Para muitos, já virou rotina a compra descontrolada de antibióticos e outros medicamentos. Muitos brasileiros usam, quase que diariamente, sem nenhum tipo de prescrição médica.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 50% das prescrições de antibióticos no mundo são inadequadas. Só no Brasil, o comércio de antibióticos movimentou, em 2009, cerca de R$ 1,6 bilhão, segundo relatório do instituto IMS Health.

A nova regra:
As farmácias e drogarias de todo o país só poderão vender esses medicamentos mediante receita de controle especial em duas vias. A primeira via ficará retida no estabelecimento farmacêutico e a segunda deverá ser devolvida ao paciente com carimbo para comprovar o atendimento.
As receitas também terão um novo prazo de validade, de dez dias, devido às especificidades dos mecanismos de ação dos antimicrobianos.  Os prescritores devem estar atentos para a necessidade de entregar, de forma legível e sem rasuras, duas vias do receituário aos pacientes.
As medidas valem para mais de 90 substâncias antimicrobianas, que abrangem todos os antibióticos com registro no país, com exceção dos que tem uso exclusivo no ambiente hospitalar.

Outras mudanças:
As embalagens e bulas também terão que mudar e incluir a seguinte frase: “VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA”. As empresas terão 180 dias para fazer as adequações de rotulagem.
Todas as prescrições deverão, ainda, ser escrituradas, ou seja, ter suas movimentações registradas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). O prazo para que as farmácias iniciem esse registro e concluam a adesão ao sistema também é de 180 dias, a partir da data de publicação da resolução (28/10).

Confira a íntegra da resolução.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ataques no RJ: Bope define como “desserviço” cobertura de Globo e Record

Site Comunique-se


As transmissões ao vivo da Rede Globo e Record com imagens da ação policial na favela da Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, foram motivos de críticas do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Pelo Twitter, o serviço de comunicação da polícia carioca repreendeu a cobertura das duas emissoras, queixando-se das imagens feitas dos helicópteros. “Um desserviço prestado pelas aeronaves de Record e Globo", diz o post do Bope no Twitter.

Grande parte dos usuários da rede social concorda que este tipo de cobertura facilita a estratégia de defesa dos traficantes. Com a hashtag “#globocop”, internautas publicaram suas opiniões e questionamentos na rede social:

"O Globocop podia mostrar os traficantes em vez de dedurar os soldados do BOPE"

"O Globocop continua informando os bandidos do plano do BOPE?"

Sobre as críticas, a Record logo se prontificou sobre o assunto. “Estamos fazendo a cobertura jornalística de fatos graves e não recebemos nenhum pedido ou comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Rio para deixar de filmar alguma coisa", esclareceu a central de Comunicação da Rede Record.

A Globo ainda não se manifestou. 

Imagens captadas pela TV Globo mostram bandidos armados fugindo por uma estrada de terra


Na tarde desta quinta-feira (25), imagens captadas pela TV Globo mostram algumas dezenas de criminosos, fortemente armados, fugindo a pé e em carros pela rua A Pedreira, via de terra batida que liga a Vila Cruzeiro ao Complexo do Alemão, por meio de uma floresta densa.

Foto: O Globo

Google Maps cria mapa dos ataques no Rio


O Google Maps  divulgou, nesta quinta-feira, um mapa com o registro dos ataques no Rio, durante a onda de violência e terror.

Na imagem é possível identificar os locais que sofreram os ataques e a reação da polícia para conter os bandidos.


Recortes de jornais de uma semana inteira de violência no Rio de Janeiro

Sábado, 20 de novembro
A onda de violência começou por volta das 23h de sábado, com ataques na rodovia Rio-Magé (BR-116), na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Numa tentativa de arrastão, um homem foi morto com um tiro de fuzil.

Domingo, 21 de novembro
Seis homens armados com fuzis abordaram três veículos na Linha Vermelha (uma das principais vias da cidade). Os criminosos assaltaram os donos do veículo e incendiaram dois desses carros, abandonando o terceiro. Logo após, enquanto fugia, o mesmo grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer), arremessaram uma granada contra o utilitário Doblò. O ocupante do veículo, o sargento da Aeronáutica Renato Fernandes da Silva, conseguiu escapar ileso. A partir de então, os ataques se multiplicaram.

Segunda-Feira, 22 de novembro
Motoristas de dois carros e uma van tiveram seus veículos incendiados em Irajá. No mesmo bairro uma cabine da PM foi baleada. À noite, suspeitos atiraram contra policiais em Del Castilho, no subúrbio, atingindo a cabine da PM e um carro que estava estacionado perto.

Também no subúrbio, na Via Dutra, dois carros foram queimados na altura da Pavuna e outros dois veículos foram roubados. Na Zona Norte, outros dois carros foram incendiados, um no Estácio e outro na Tijuca. Os tiros atingiram um carro que estava estacionado nas proximidades. Ninguém ficou ferido.

O serviço de inteligência do governo do Rio reúne-se para um plano de ação contra os terroristas; levantam hipóteses que os ataques podem ser planejados por líderes de facções criminosas que estão no presídio federal de Catanduvas, no Paraná.   

Terça-Feira, 23 de novembro
Um carro apareceu queimado, desta vez na Praça da Bandeira, na Zona Norte. Segundo policiais da 18ª DP (Praça da Bandeira), o proprietário contou que encontrou o carro pegando fogo e acredita que tenha sido um ataque.

A polícia anunciou que todo o efetivo foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Foram registrados 12 presos, três detidos e três mortos.

Quarta- Feira, 24 de novembro
23 pessoas foram mortas, 159 foram presas ou detidas e 37 veículos foram incendiados no Estado. Pessoas morreram em confronto com a polícia. Houve reforço do policiamento em toda cidade. Entre as vítimas dos confrontos, está uma adolescente de 14 anos, que morreu após ser baleada nas costas.

O governo do Estado transferiu oito presidiários (acusados de liderar os ataques) do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Outra medida para tentar conter a violência foi anunciada pelo Ministério da Defesa: o Rio terá o apoio logístico da Marinha para reforçar as ações de combate aos criminosos.

A onda de ataques já chegou ao interior do Estado. A Polícia Militar confirmou que um carro foi incendiado na Praia do Forte, região nobre da cidade. Segundo a PM, houve tentativa de incêndio em outros dois carros na cidade, mas, com a chegada da polícia ao local, os criminosos fugiram. Não houve feridos.

Quinta- Feira, 25 de novembro
No quinto dia de ataques ao Rio, um caminhão, um carro e uma moto foram incendiados na Avenida Brasil. Dois micro-ônibus foram incendiados em Rocha Miranda; um carro pegou fogo na Penha, bloqueando o trânsito.

No início da tarde, um ônibus foi incendiado em São Gonçalo, segundo testemunhas, três bandidos pararam o coletivo e mandaram as duas pessoas que estavam dentro descer. Em seguida, atearam fogo ao veículo. Bandidos atiraram uma granada de efeito moral no pátio do Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) na Chatuba, em Mesquita. Uma van foi incendiada em Santa Cruz. 





















A VIOLÊNCIA DAS ÚLTIMAS NOITES NO RIO DE JANEIRO - ALGUMAS REFLEXÕES



Rafael Peçanha é graduado em História pela Universidade Veiga de Almeida, pós-graduando em Sociologia Urbana pela UERJ e Mestrando em Antropologia pela UFF; colunista do Jornal Folha dos Lagos aos sábados. 

Contatos:





--------- O SECRETÁRIO DE SEGURANÇA DO ESTADO DO RIO, José Maria Beltrame, afirma que os atos de violência, ocorridos nesa madrugada e na madrugada passada, são reações dos traficantes à implantação das UPP's.

---------- O MESMO SECRETÁRIO, com certa concordância do comentarista de segurança da Globo, Rodrigo Pimentel, afirma que Comando Vermelho e Terceiro Comando "se uniram" ou ainda "deram uma trégua" para coordenarem juntos os ataques.

---------- EU DESCONFIO MUITO. A ideia de união das duas facções rivais no combate ao Estado, a meu ver, hoje, ainda é irreal, e só é levada a sério por intelectuais que dizem conhecer a realidade do tráfico carioca, numa análise conspiratória mais aos moldes do pensamento do século XIX. A divisão do Rio entre morro e asfalto não é exatamente real. O asfalto não está unido contra o morro e nem vice-versa: ambos estão divididos em grupos e facções, às vezes contra si mesmos.

---------- EM BREVE DEVEREMOS VER UM "FURO DE REPORTAGEM" da Globo com entrevista a um "chefe do tráfico" afirmando a união das facções contra o Governo do Rio. Sempre há uma entrevista teatral assim, com um traficante que nunca traficou. A tradição foi inaugurada pelo programa do Gugu e virou onda.

---------- TAMBÉM DESCONFIO DA QUESTÃO DAS UPP's como motivo isolado dos ataques. Essa postura facilita a exposição do Estado como herói e vítima do processo. As UPP's são, sem dúvida, um grande projeto. Mas os presos de Catanduva (que teoricamente coordenaram os ataques), a meu ver, estão preocupados com outras demandas para além - ou para aquém, na verdade - das UPP's.

---------- CABE LEMBRAR QUE OS ATAQUES FORAM FEITOS NA ZONA NORTE, enquano as UPP's foram implantadas apenas, por enquanto, na Zona Sul. Ora, se a ideia fosse mostrar que os traficantes não querem as UPP's por lá, a ação foi um tanto quanto pouco inteligente, pois a violência na área só reforça a necessidade das UPP's por lá - as ações estariam chamando as UPP's para a Zona Norte. Não haveria lógica.

---------- SE FOSSE PARA MOSTRAR INSATISFAÇÃO COM A UPP no Morro dos Macacos, por exemplo, os traficantes queimariam ônibus no Grajaú ou na pista da Vila Isabel, áreas mais vulneráveis próximas ao Morro. Não se queima ônibus na Avenida Brasil para reclamar de algo que ocorreu em um morro em Botafogo, por exemplo.

---------- POR OUTRO LADO, os ataques na Zona Norte facilitam o retorno dos bandidos às suas favelas de origem, próximas aos locais de ação e desprotegidas pela polícia.

---------- NESTA MADRUGADA FORAM QUEIMADOS ônibus e carros em São Gonçalo, Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Niterói e Cabo Frio.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Dia Nacional do Doador de Sangue objetiva atrair novos doadores


Um dos trabalhos voluntários mais preciosos da nossa sociedade – a doação de sangue -  completa 66 anos.  No próximo dia 25 de novembro é comemorado o Dia Nacional do Doador. A doação de sangue é uma demonstração de amor que não tem preço, pois, além de ser gratuito aos nossos bolsos, pode salvar milhões de vidas, inclusive a nossa. Um brilhante gesto que desmerecemos muitas vezes por preguiça, mas na hora do sufoco, quando nossos familiares ou nós mesmos precisamos de uma transfusão de sangue emergencial, julgamos e condenamos o governo por não ter infraestrutura, mas, na verdade, é um dever nosso de cidadão.


Criado, em 1964, pelo Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcante (Hemorio), a comemoração tem como objetivo atingir uma meta de doação entre 3% e 5% da população de todo país; taxa ideal para manter o estoque regularizado. Parece uma estatística pequena, mas segundo o Hemorio é uma taxa difícil de ser alcançada, pois a média anual varia entre 1,76% e 1,78%.        

Por ocasião do momento festivo, e com objetivo de trazer mais doadores, a semana do dia 25 de novembro tem uma programação interessante para os visitantes. A campanha conta com a participação de artistas e personalidades, que gentilmente cedem suas imagens ao hemocentro para divulgação da importância do gesto. Mas não para por aí, pois o Instituto tem ações motivadoras o ano todo. Segundo a diretora do Hemorio, Clarisse Lobo, o hemocentro tem uma forte parceria com os clubes de futebol, empresas e universidades, ao qual ajudam na divulgação do Instituto de Hematologia ao longo do ano. 

Em nota, o Jornal do Brasil informa, o Hemorio coleta uma média de 300 bolsas de sangue por dia, apesar da capacidade de atender o dobro de voluntários. Cerca de 1,8% da população doa sangue regularmente, o que ainda é muito baixo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, seriam necessários que 5% da população adotasse a prática.

Para quem deseja  ser um doador é muito fácil. É preciso comparecer a qualquer unidade do hemocentro mais próximo de sua residência, porém é necessário estar em boas condições de saúde. O procedimento é simples, basta apresentar documento de identidade original ou fotocópia autenticada ou documento equivalente com foto e filiação para um pequeno cadastro; É necessário ter entre 18 e 65 anos  e peso mínimo de 50 quilos; não precisa estar em jejum, mas  é imprescindível descansar, no mínimo, seis horas nas últimas 24 horas. Não pode estar gripado ou febril.  As mulheres grávidas e lactantes não devem doar sangue.  E pessoas que ingeriram bebida alcoólica, no período de seis horas que antecede a doação, também estão incapacitadas de fazer a doação.  


Outra informação importante coletadas no portal da institituto: não poderá doar sangue o voluntário que tenha feito tatuagem, piercing ou tratamento com acupuntura nos últimos 12 meses; portadores de vírus da Aids, hepatite B, hepatite C; pessoas que já viveram situações sexuais de risco acrescido; quem possui histórico de doença hematológica; cardíaca, renal, pulmonar, hepática, ato-imune, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramento anormal, convulsão após os dois anos de idade ou epilepsia, sífilis, doença de Chagas ou malária; usuários de drogas; medicamentos contra indicados para doação de sangue, anemia e mulheres grávidas.


O Hemocentro possui um Disque-sangue, no telefone 0800 282 0708, ao qual o doador pode  agendar  as doações, esclarece dúvidas, como endereço e horário de funcionamento das outras unidades de coleta distribuídas pelo Rio de Janeiro.

O Hemorio funciona todos os dias, incluindo sábados, domingos e feriados, das 7h às 18h. O endereço é Rua Frei Caneca, n°8, centro do Rio de janeiro. Para maiores informações bastar acessar o portal do Hemorio, www.hemorio.rj.gov.br.


História do Hemorio.

Informações coletadas no site do instituto.

Criado em 1944,  o Instituto de Hematologia inaugura suas atividades num período, ao qual a humanidade passava por turbulências marcadas pela Segunda Guerra Mundial;  já com cinco anos de existência. Almejando salvar milhares de pessoas envolvidas na Guerra, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, na época capital da República, cria o primeiro Banco de Sangue do Brasil.

A sede do Banco de Sangue foi implantada no prédio de características neoclássicas situado à Rua Teixeira de Freitas, na Lapa, RJ. Desde sua criação já apresentava características de hemocentro, já que distribuía sangue para os hospitais de emergência. Doze anos depois, em 1956, com a implantação de um serviço de Hematologia ligado ao banco de sangue, originou-se o Instituto de Hematologia, que mais tarde recebeu o nome do médico Arthur de Siqueira Cavalcanti.

No governo Carlos Lacerda, foi projetada a construção de um novo prédio em um terreno ao lado do hospital Souza Aguiar. As obras foram iniciadas em março de 1964. A grandiosa obra ofereceu ao Rio de Janeiro um dos melhores centros de hematologia, com infraestrutura moderna para suprir as necessidades de diversas especialidades da área. O excelente centro de pesquisas e de formação de técnicos possibilitou o incremento da coleta de sangue, a estocagem e o preparo do plasma e derivados, para que pudesse atender a demanda cada vez maior.  Em 29 de setembro de 1969, foi inaugurada, na Rua Frei Caneca, a atual sede do que viria a se chamar, dezessete anos depois, o Hemorio

O Hemorio abastece, com sangue e derivados, cerca de 200 unidades de saúde;  recebe uma média de 350 doadores voluntários de sangue por dia. Além disso, possui um serviço de Hematologia com mais de 10 mil pacientes ativos, que realizam tratamentos de doenças hematológicas.

A excelência de seus trabalhos foi comprovada com diversos prêmios de qualidade pelo Estado e Governo Federal. Em 2004, o Hemorio foi o grande vencedor do Prêmio Qualidade Rio, com a inédita medalha de ouro concedida a uma instituição pública.

O trabalho desenvolvido no Hemorio - reconhecido internacionalmente pela Associação Americana de Bancos de Sangue AABB e pela Joint Commission International - e a concretização de vários projetos que demonstram o crescimento institucional. 

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Criminosos utilizam a internet para publicar manifestos preconceituosos



Mesmo sendo proibido por Lei, atitudes preconceituosas vem se proliferando, a cada dia, no mundo virtual. A internet, que tem um universo de possibilidades para multiplicar o bem e compartilhar assuntos uteis e ideias novas, tem sido terreno fértil para milhares de manifestos que denigrem a cultura de negros, judeus, religiosos, homossexuais e até imigrantes. A maior parte das denúncias é contra manifestações xenofóbicas, com 1.042 registros. Em seguida, homofobia (781), racismo (269), crimes neonazistas (220) e intolerância religiosa (176). No primeiro semestre de 2010 foram registradas 16.636 denúncias de material discriminatório. Homofobia ficou em primeiro lugar nas denúncias (5.937), seguido por xenofobia (4.541), crimes neonazistas (3.019), racismo (1.675) e intolerância religiosa (1.464). 


Entre outubro e novembro deste ano, a SaferNet Brasil, associação civil de direito privado com atuação nacional, registrou mais de mil denúncias contra esse tipo de manifestação. Além disso, pelo menos 20 mil sites hospedados no Brasil produzem conteúdo discriminatório. 


O curioso é que temos uma  Lei, ao qual é registrada, sob o  nº 7.716/89, e determina em seu título a punição de crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, categorias estas que foram ampliadas em 1997, quando o legislador então acrescentou ao art. 1º , que fossem punidos, na forma desta Lei, qualquer crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97). 

A lei 9.459 de 15 maio de 1.997 além de criar novas categorias para a “lei de racismo”, também acresceu ao artigo 140 do Código Penal, o parágrafo terceiro, criando com isso a figura da injúria qualificada, ou seja, efeito prejudicial, dano moral. A dita "injúria" consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou origem. E pode levar o infrator a receber uma pena -  reclusão de um a três anos e multa -, inscrita no parágrafo terceiro do art. 140 do Código Penal. 

Diante de tais ponderações, vê-se, que mesmo após vinte anos da promulgação da Lei nº 7.716/89, ainda deparamos com atitudes contra o progresso e a paz do nosso Brasil. Vivemos em um mundo de hegemonia cultural, racial e religiosa. Podemos utilizar essas referencias a nosso favor e aprender, ainda mais, com essa riqueza de possibilidades. Precisamos ter mais orgulho do nosso povo - amá-lo e respeitá-lo -. Só através do respeito e da maturação dos nossos valores que, juntos, elevaremos o progresso da nossa sociedade.  O lema nacional da nossa República é "Ordem e Progresso", então precisamos fazer acontecer.  

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Brasil possui mais celulares que habitantes


Você já pensou em descartar o seu celular?  Muitos brasileiros, ou melhor, todos os brasileiros, ou pelo menos em sua maioria, temem a possibilidade de ficar -um só dia-, sem o telefone móvel. Hoje, a falta do celular é quase um afronta às nossas rotinas. Um aparelho de telefonia móvel obteve significados mais amplo que o modismo ou utilizações demasiadas - tornou-se essencial.  

A afirmação “todos os brasileiros” não está fora de propósito. Há uma estatística promulgada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), ao qual, mensura que, até o final do mês passado, o país contava com 194,4 milhões de celulares. E, os dados preliminares do Censo 2010, elaborado pelo IBGE, apontam que o Brasil tem 185,7 milhões de habitantes. Ou seja, o país conta com mais celulares que habitantes. O que mostra que muitos brasileiros têm mais de um celular. O engenheiro, Leandro Vasconcelos diz que possui três celulares “Minha rotina necessita de três celulares. Um, utilizo para minha vida social; e os outros dois, para o meio corporativo, sendo que um é rádio e smartphone”, destaca. Com esta afirmação de Leandro, vemos que o celular vai muito além do seu funcionamento original. Com as novas tecnologias, o celular agregou funcionalidades mais apreciativas como, a inclusão de câmeras fotográficas, Tv digital e acesso à internet. E os usuários não precisam ter poder aquisitivo elevado para obter um celular de alta tecnologia. A Anatel informa que desse total, 82,19% são aparelhos com planos pré-pagos. Uma forma econômica de utilização da linha móvel. O que fez as operadoras de celulares lucrarem milhões, pois, somente no mês de outubro, foram ativados 2,967 milhões de telefones móveis; em julho, foi mensurado pela Agência, um total de 187 milhões de linhas móveis ativas. Segundo a Anatel, o Brasil se tornou o quinto maior mercado de celulares do mundo.
   
O mercado de telefonia móvel está crescendo tão demasiadamente que as operadoras já cogitam a possibilidade de faltar numerações telefônicas, principalmente em São Paulo, Estado com mais celulares no Brasil. A Anatel planeja criar um novo DDD, o 10, para liberar mais números de linhas para o mercado paulista.
por Rita Vasconcelos


Conexão 

O Brasil também se tornou em 2008 o quinto maior do mundo, em termos absolutos, em acesso à internet. Eram 50 milhões de brasileiros com acesso à rede ao final do ano passado. Em 2003, esse número era de 19 milhões.

A líder nessa área também é a China, com 298 milhões de pessoas com acesso à internet. Há seis anos, o número era de 77 milhões. Nos Estados Unidos, são 190 milhões. Na Índia, com mais de 1 bilhão de habitantes, o acesso está garantido para apenas 57 milhões de pessoas.

Mais uma vez, em termos proporcionais à população, o Brasil ocupa um lugar modesto no ranking. O estudo mostra que 25% da população brasileira tem acesso à rede, o que faz do país o 76º colocado em termos proporcionais. Em vários países europeus, mais de 60% da população já tem acesso à rede.

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo" e no site “G1.com”.


História do telefone celular

A invenção do telefone celular (português brasileiro) ou  telemóvel (português europeu) ocorreu em 1956.

Heinrich Hertz, em 1888, foi pioneiro na transmissão de códigos pelo ar. A descoberta tornou-se indefectível à idealização de rádio-transmissores. Além disso, proporcionou a primeira ligação por telefonia entre continentes, ocorrida no ano de 1914.

A comunicação móvel era conhecida desde o começo do século XX. Desenvolvido inicialmente pela atriz hollywoodiana Hedwig Kiesler (Hedy Lamaar) e patenteado em 1940, o celular surge como um sistema de comunicação à distância que mudasse sempre de canal para que as frequências não fossem interceptadas. No ano de 1947, começou-se o desenvolvimento no laboratório Bell, nos EUA. No laboratório Bell, foi desenvolvido um sistema telefônico de alta capacidade inteligado por diversas antenas, sendo que, cada antena, era considerada uma célula. Por isso o nome de "celular".

O primeiro celular foi desenvolvido pela Ericsson, em 1956, denominado Ericsson MTA ( Mobilie Telephony A ) Ericsson MTA, pesava cerca de 40 kilos e foi desenvolvido para ser instalado em porta malas de carros. A empresa americana Motorola passou a desenvolver seu modelo de celular e no dia 3 de abril de 1973, em Nova York, apresentou o modelo Motorola Dynatac 8000X. Usando esse modelo ocorreu a histórica primeira ligação de um aparelho celular, realizada por Martin Cooper, diretor de sistemas de operações da empresa Motorola. O aparelho, muito prosaíco, tinha 25 cm de comprimento e 7 cm de largura, além de pesar cerca de 1 quilo.

Em 1979, no Japão e na Suécia a telefonia celular entrou em operação e em 1983 começou nos Estados Unidos. 

Fonte: Wkipedia 

Fidelidade partidária? Deputada é cassada 2 meses antes do fim do mandato





Alexandre Campbell é jornalista e especialista em marketing político
Contatos: www.blogdocampbell.com.br / alexandrecampbell@msn.com



O entendimento do Tribunal Superior Eleitoral que o mandato pertence ao partido e não ao político foi um avanço. Porém, como em caso de troca de partido, a perda de mandato não se dá de forma automática – o político enfrenta um processo de cassação, que pode ser demorado – a determinação acaba perdendo a validade por conta de uma pequena "manobra".

O “infiel” troca de partido um ano antes das eleições em que tentará renovar o seu mandato, atendendo assim a determinação da Legislação Eleitoral sobre o tempo mínimo de filiação partidária para disputar as eleições. O processo começa a correr, são interpostos recursos, e o tempo acaba favorecendo o “infiel”.

Veja o caso da deputada estadual Vanessa Damo, de São Paulo, que trocou o PV pelo PMDB. Ela foi cassada por infidelidade, hoje, pouco mais de dois meses antes do término do seu mandato e 45 dias após ser reeleita para um novo mandato pelo novo partido.

No caso dos parlamentares, por exemplo, eles são eleitos não apenas com o seus votos, mas com os votos dados a outros candidatos do seu partido ou coligação, por isso, ao mudar de legenda ele está traindo a vontade do eleitor.

Qual a solução? Uma delas é ampliar o prazo mínimo de filiação para concorrer às eleições para, por exemplo, dois anos. Assim, ao trocar de partido, o “infiel” estaria colocando em risco uma parte considerável do seu mandato. Isso ajudaria também a reforçar o vínculo do político como os partidos e coibir o oportunismo eleitoral que se sobrepõe à ideologia partidária.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Cibercriminosos aproveitam novo Harry Potter para espalhar vírus

Criminosos virtuais estão aproveitando a expectativa em torno do lançamento do penúltimo filme da saga Harry Potter para tentar roubar informações a respeito da identidade de usuários da rede mundial de computadores. Os vírus são disseminados através de links que prometem o download gratuito do filme. A saga do bruxo, de fato, vazou na internet. Milhares de usuários já copiaram ilegalmente os 36 primeiros minutos do filme através dos sites de BitTorrent mais conhecidos. Estima-se que “Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1” possa superar o episódio anterior da série,  que atingiu a marca de mais de 8 milhões de downloads ilegais. Embora exista a especulação de que a Warner Bros, estúdio responsável pela obra, tenha liberado o filme propositalmente, a empresa nega e promete entrar com ação judicial contra os responsáveis. Em comunicado oficial, a Warner afirma que o fato se trata de “uma séria violação dos direitos autorais". Em meio as polêmicas, ‘Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1’ estreia nesta sexta.

Supercomputador chinês é o mais rápido do mundo


O Tianhe-1A é capaz de processar 2.57 petaflops


O supercomputador chinês Tianhe-1A bateu o recorde mundial de velocidade de processamento. Atingiu um pico de 2.57 petaflops contra 1.76 petaflops do recordista anterior, o US XT5 Jaguar, dos EUA.

Para entender: Flops (operações de ponto flutuante por segundo, na sigla em inglês) são, de forma simplificada, unidades usadas para medir a quantidade de cálculos por segundo que um computador consegue processar. As medidas mais comuns são, por ordem de grandeza, os megaflops, gigaflops, teraflops e – recentemente – os petaflops. Um petaflop siginifica 10 elevado à 15ª potência ou, para ficar num número que se possa imaginar, mil trilhões de operações por segundo.

A confirmação do feito do Tianhe veio com a publicação da lista dos 500 computadores mais rápidos do mundo, mas desde outubro se especulava que o supercomputador chinês iria bater esse recorde.

O Tianhe-1A está instalado no Centro de Nacional de Supercomputadores, em Tianjin e apresenta uma novidade em relação aos seus predecessores: muito da sua capacidade de processamento vêm de chips mais comumente encontrados em placas gráficas. Espera-se que isso se torne uma tendência na industria da supercomputação, já que três dos quatro gigantes do topo usam a mesma tecnologia.

Os chineses esperam usar a supermáquina para efetuar simulações climáticas para previsões do tempo, além de pesquisas para localizar campos de petróleo submarinos. 

Parlamentares reivindicam aumento de salário


Há no congresso nacional uma pauta que sugere um amento no salário do presidente da República, dos parlamentares, dos ministros de estado e dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Atualmente os ministros do STF recebem R$ 26,7 mil; os deputados e senadores R$ 16,5 mil, o presidente da República R$ 11,4 mil e os ministros de estado recebem R$ 10,4 mil por mês.

Há uma pressão forte dos parlamentares para que haja uma equiparação salarial de mais ou menos 12%; o que elevaria, por exemplo, o salário dos ministros do STF para R$ 30,6 mil.

O último aumento, nos subsídios parlamentares e do presidente e seus ministros de Estado, foi dado em 2007.      

Política Social é pauta em debate fomentada pela Equipe de transição


A Equipe de transição realizou, nesta quinta-feira, um debate com propostas para as políticas sociais do próximo governo.

Os líderes refletem a possibilidade de incluir novos programas socias, mas sugerem dar continuidade aos programas de renome internacional, como Bolsa Família e Luz para Todos.   

O destaque da reunião foi a pobreza e por isso a equipe contou com a participação de representantes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Fundação Getulio Vargas (FGV), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização das Nações Unidas (ONU), além da comissão de transição.

Assuntos como distribuição de renda e esforço para reduzir a miséria foram apresentadas e discutidas na reunião. Em entrevista ao Globo, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, ratificou que o Bolsa Família será o carro chefe dos programas sociais do governo da presidente Dilma Rousseff, porém o programa receberá cuidados especiais e sofrerá ajustes.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O retorno da CPMF e outras mazelas


Bruno Lima Rocha é doutorando de Ciência Política pela UFRGS e docente na área de política e comunicação social. 
Bacharel em jornalismo pela UFRJ.
Contatos: www.estrategiaeanalise.com.br / blimarocha@gmail.com  





Passado o período eleitoral nos reencontramos com o país real. Parodiando Nelson Rodrigues, “é a política como ela é”, e não como os políticos profissionais – ou aspirantes – a fazem parecer.

Seria leviano, para não dizer outro termo, afirmar que a aparição de propostas e situações insustentáveis logo que passado o pleito é uma característica exclusiva da era Lula e de sua sucessora.

Aos mais incautos, sugiro a triste memória do Plano Cruzado II, famigerada medida implantada pelo então presidente José Sarney, no governo da Aliança Democrática (PMDB-PFL). Corria o ano de 1986, ainda nem havia sido criado o PSDB, estando por tanto o tucanato inteiro dentro nas hostes peemedebistas. Vinte e um anos depois, o que era alvo de críticas da esquerda, torna-se prática incorporada pela coligação de centro-esquerda ao assumir o Executivo federal.

De tantas “surpresas pré-natalinas”, temos o anúncio – em tom de pragmatismo político – da necessidade do retorno da CPMF.

Se aprovada, através da maioria absoluta do novo governo em ambas as casas, isto representaria a materialização do acerto entre a legenda de Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer. PT e PMDB defrontaram-se no “mui nobre e valoroso” Legislativo federal em 2007, ficando o primeiro na vexatória situação de defender mais uma das políticas implantadas no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Já os correligionários de José Sarney, Romero Jucá, Renan Calheiros e cia, em sua maioria alinharam-se com o Planalto, salvo algumas exceções, que somadas com os recalcitrantes da base lulista após a crise de 2005, deram os votos necessários para assegurar a vitória dos criadores (PSDB e DEM) contra uma de suas criaturas (a taxa sobre a movimentação financeira).

Neste mesmo blog escrevi em 20 de dezembro de 2007 o artigo “A DRU e a economia real”, onde analiso os porquês da derrubada da Contribuição semi-Permanente (o nome de batismo original é Provisória) sobre a Movimentação Financeira e, concomitantemente, a aprovação por acórdão da Desvinculação das Receitas da União. A famigerada DRU é o artifício jurídico para deslocar fundos e recursos das áreas sociais e colocá-los em “contingenciamento”, esperando que a caneta da equipe econômica de turno defina a destinação das riquezas coletivas produzidas pela nação.

Discursos alarmistas à parte, nem governistas e menos ainda a oposição (de estilo neo-udenista) querem entrar nesta seara. O problema na Saúde é o mesmo que ocorre na Educação e Previdência. O dinheiro é pura e simplesmente desviado para outras finalidades.

Na Assembléia Constituinte as bancadas chamadas então de progressistas, trataram de assegurar o maior número e volume de direitos possíveis para as maiorias. É por isso que na carta magna constam temas que, em tese, seriam conjunturais ou matéria para leis complementares.

Na mão contrária, aquilo que o Centrão não pôde barrar, os governos posteriores foram “emendando”. Como não se negocia direito adquirido e quase sempre se tratam de medidas impopulares, cada emenda foi duramente negociada. Literalmente, custaram caro.

Meu argumento contrário a volta da CPMF não é nada original e repete o já proferido por entidades sindicais.

Em se aprovando a taxação, só o que asseguraria o destino das verbas para a Saúde seria uma “emenda do bem”, como a 29, vergonhosamente ainda não votada. E, se não for aprovado o retorno do imposto, a Saúde teria seu financiamento garantido com a mesma legislação complementar que ainda não foi a votação. Do contrário, trata-se de mais do mesmo, como sempre.