quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Rio sedia primeiro Simpósio Interamericano sobre Habitação Saudável


Para ampliar o debate sobre habitação, saúde, ambiente e novas tecnologias, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) promoveu o primeiro Simpósio Interamericano sobre Habitação Saudável e Tecnologias Sociais. O evento, sediado no Rio de Janeiro, iniciou na última segunda-feira (17) e finalizou nesta quarta-feira (19).

Em paralelo com o Simpósio, ocorreu a VI Reunião da Rede Latino-Americana de Habitação Saudável e o I Encontro do Coletivo Fiocruz de Promoção da Saúde. Todos os três encontros foram promovidos em conjunto com a Organização Panamericana de Saúde (OPS/OMS), o Ministério da Saúde do Brasil, o Centro de Relações Internacionais (Cris/Fiocruz) e a Rede Latino-Americana de Habitação Saudável.

Com o objetivo de disseminar informações para fortalecer alianças e intercambiar conhecimentos e experiências entre os países panamericanos, profissionais, pesquisadores e acadêmicos promoveram discussões e trocas de experiências fundamentais, a fim de desenvolver um preparatório para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável em 2012 (Rio+20).

O Simpósio contou com diversas mesas e painéis, que abordarão, entre outras coisas, as possibilidades de agendas políticas integradas nas áreas de saúde e ambiente, com foco na prevenção de doenças e promoção da saúde, através do uso de tecnologias sociais. Também contou com experiências internacionais e nacionais e suas possibilidades de cooperação, usando  como estratégia o enfoque intersetorial e a articulação do intercâmbio de experiências vinculadas aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e os compromissos não alcançados previstos na Agenda 21.

O evento contou com presenças importantes como Paulo Fernando Piza Teixeira (OPS/OMS), Paulo Buss (Cris/Fiocruz), e também alguns convidados internacionais, como Carlos Hugo Levigton, da Argentina, e Teófilo Monteiro, da Colômbia. Vários outros representantes de países da América Latina também contribuíram com suas experiências nas áreas de saúde e habitação.

Nessa conferência, foi retomada uma agenda ampliada de reflexões sobre políticas integradas nas áreas de saúde, ambiente e habitação e contou ainda com três grupos de trabalho, cujos temas foram: Riscos e vulnerabilidades, Determinantes Sociais da Saúde e Aspectos sociais, participação e movimentos sociais, que entraram na agenda da Rio+20.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Jornalistas ambientais se preparam para cobrir a RIO + 20


Os profissionais da mídia e estudantes começam a se aquecer para a cobertura da Rio+20 já em novembro deste ano, entre os dias 17 e 19. A oportunidade é o IV Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental (IV CBJA), realizado na cidade do Rio de Janeiro-RJ, pela Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental.

Quando a preocupação é com o desenvolvimento sustentável, a Rio+20 é a mais importante reunião na agenda mundial. Para colaborar com essa desafiadora cobertura da mídia, o IV CBJA contará com painéis, debates e oficinas voltados ao tema. A abertura dessa programação fica por conta do pensador Ignacy Sachs, ecossocioeconomista da École des Hautes Études en Sciences Sociales, de Paris.

Outros temas em voga na agenda ambiental brasileira também serão tratados em palestras de inspiração, painéis e oficinas do CBJA: vão desde economia verde até o uso das redes sociais, passando por espiritualidade, resíduos sólidos e impactos das mudanças climáticas. O CBJA terá inscrições gratuitas, graças ao patrocínio master de Fundo Vale e Petrobras e patrocínio premium de Fundação Banco do Brasil, Itaú e Caixa Econômica Federal. Os interessados já podem se inscrever pelo site oficial www.jornalismoambiental.org.br

SERVIÇO:
O quê: IV Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental
Onde: PUC-Rio – R. Marquês de São Vicente, 225 – Gávea, Rio de Janeiro - RJ
Quando: 17, 18 e 19 de novembro de 2011


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Estado vai construir dois presídios no Jardim Catarina


      O terreno escolhido fica em local marcado pelo vazio demográfico 
      e que se encontra em estado de degradação (Foto: Divulgação)

Já estão licitadas as construções de duas casas de custódias em Sao Gonçalo. As unidades prisionais serão construídas numa área do Estado, na divisa do Jardim Catarina com Guaxindiba. De acordo com integrantes do Programa Delegacia Legal, os presídios decretarão o fim da carceragem da Base Neves da Polinter e que eles serão construídos até o fim deste ano. Além destas duas casas de custódias, o governo estadual implantará outras duas em Resende e em Magé.

De acordo com o Programa Delegacia Legal, o terreno escolhido fica em local marcado pelo vazio demográfico e que se encontra em estado de degradação. 


Segundo integrantes do governo fluminense, as unidades prisionais não irão interferir no cotidiano dos moradores de Guaxindiba, pois serão erguidas numa área afastada do bairro.

Emprego - O coordenador do Programa Delegacia Legal, César Campos, disse que as obras, que estão previstas para durar 180 dias cada, vão gerar  1,2 mil postos de trabalho.

 - Durante a construção das casas de custódias, serão empregadas diretamente 300 pessoas (150 em cada unidade) e outras 900 empregos indiretamente (450 em cada unidade), garantiu Campos.

Licitação - Os avisos para as licitações já foram publicadas na edição do Diário Oficial.  Segundo a publicação, as casas de custódias terão capacidade para 552 detentos cada. A primeira vai custar R$ 26,8 milhões, enquanto a segunda está orçada em R$ 23,3 milhões. 

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

1ª Feira de jornalismo digital será realizada no RJ

A Digital News Show (DNS) é o nome da feira que discutirá as técnicas do jornalismo digital no Brasil. Com mais de oito debates agendados na programação, o evento será realizado nos dias 10 e 11 de dezembro, no Centro de Convenções Sulamérica, na capital fluminense.

Essa será a primeira edição da DNS, que pretende divulgar as novas tecnologias usadas no jornalismo e qual a funcionalidade que cada uma dessas ferramentas tem para os profissionais de comunicação. A organização da feira também visa responder a seguinte questão: "Que produtos, conteúdos e serviços os veículos online estão criando para aprimorar a entrega da informação e aprofundar o conhecimento e a compreensão dos fatos?"

O evento contará com estandes, dando espaço aos veículos de comunicação e as empresas ligadas ao business do jornalismo digital. Além dos expositores e dos painéis onde serão realizadas os debates, a DNS contará com uma área de conferência e lounges.

Confirmados

Criador do plantão de notícias e integrante da equipe esportiva da Super Rádio Tupi, Maurício Menezes vai ser o responsável pelo speech de abertura do evento: uma apresentação de stand up sobre o jornalismo. O jornalista Eduardo Spohr, autor de A Batalha do Apocalipse, e o editor do GuanaCast, Gustavo Guanabara, são outros que já garantiram presença na DNS.

As inscrições para visitantes ainda não estão disponíveis pela produção do evento, mas os expositores interessados em garantir espaço na Digital News Show já podem fazer as reservas no site do evento.

domingo, 28 de agosto de 2011

Morre no Rio o diretor de Redação do jornal "O Globo"


Rodolfo tinha 49 anos e lutava desde 2009 contra a esclerose lateral amiotrófica (ELA)

Morreu na tarde deste sábado 27, no Rio de Janeiro (RJ), o jornalista Rodolfo Fernandes, aos 49 anos. Diretor de redação do jornal O Globo, ele estava internado na Clínica São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro, onde lutava desde 2009 contra a esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença neurológica fatal que provoca lesões musculares progressivas.
A doença foi diagnosticada em julho daquele ano. Fernandes enfrentava insuficiência respiratória mas, segundo o jornal, continuou trabalhando até a última quinta-feira. O governo do RJ decretou luto oficial.
Filho do jornalista Hélio Fernandes, Rodolfo iniciou a carreira aos 16 anos, na Tribuna da Imprensa. Passou também por veículos como Última HoraJornal de BrasíliaFolha de São Paulo Jornal do Brasil, em Brasília Foi repórter atuante no acompanhamento do cotidiano da Presidência da República e do Congresso Nacional.
Rodolfo Fernandes trabalhava em O Globo havia 22 anos. Inicialmente, na Sucursal de Brasília, onde exerceu as funções de coordenador de política e chefe de redação. De volta ao Rio em 2000, assumiu a editoria de Política. No ano seguinte, tornou-se chefe da redação.
Rodolfo era casado com Maria Sílvia Bastos Marques, ex-executiva do Banco Icatu, ex-secretária de Fazenda da cidade do Rio de Janeiro e presidente da Empresa Olímpica Municipal, criada pela prefeitura com a função de coordenar os projetos para os Jogos Olímpicos a serem disputados no Rio em 2016. Do primeiro casamento, com Sandra Fernandes, o jornalista deixa dois filhos, Felipe e Letícia. Irmão mais novo de Hélio Fernandes, o jornalista, escritor e dramaturgo Millôr Fernandes era seu tio.

Partidos encomendam pesquisas em Niterói para as eleições 2012


Na manhã e tarde de ontem um grupo de pesquisadores abordava eleitores em vários bairros, tendo destaque a pergunta sobre a rejeição popular a nomes de prováveis candidatos a prefeito. Entre os nomes avaliados, segundo os pesquisados, estão os do atual prefeito, dos deputados Chico D´Angelo, Sérgio Zveiter, Rodrigo Neves, Marcelo Freixo, Comte Bittencourt de do ex-vereador Paulo Eduardo Gomes. Também é avaliada a posição do governador do Estado.
Candidatos à vereança estão na expectativa das avaliações, com vistas à opção por partidos com lideranças de menor rejeição ou de maiores possibilidades de conquista do Poder.
Mas os candidatos à vereança terão de fazer outra avaliação após a análise das pesquisas: como fica o quadro de concorrentes à Câmara Municipal, em cada partido.


Fonte: Lobo

sábado, 27 de agosto de 2011

Popularidade de Dilma está em 49%, segundo CNT/Sensus

A primeira pesquisa CNT/Sensus sobre o governo da presidente Dilma Rousseff, divulgada nesta terça-feira (16), apontou aprovação de 49,2% dos brasileiros ao governo da petista. Ou seja, 49,2% dos brasileiros avaliaram seu governo como ótimo ou bom. Outros 37,1% consideram sua atuação regular, enquanto 9,3% a veem como ruim ou péssima. A sondagem tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais e foi feita com 2.000 entrevistas em 136 municípios.

A avaliação de Dilma após os sete primeiros meses de seu governo é melhor que a de seus antecessores no mesmo período: Fernando Henrique Cardoso tinha aprovação de 12% em agosto de 1999; e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tinha de 48,3% em agosto de 2003.

O desempenho pessoal da presidente é aprovado por 70,2%, segundo a pesquisa. Outros 21,1% desaprovam Dilma. Não souberam responder 8,8% dos entrevistados, ouvidos entre 7 e 12 de agosto.

A pesquisa apontou ainda que 61,1% dizem acreditar que o governo Dilma será ótimo ou bom, e que, para 26,2%, ele será regular. Outros 7,5% consideraram que será ruim e péssimo.

Sobre as denúncias de corrupção nos últimos meses, a CNT/Sensus indicou que 40,4% dos brasileiros têm acompanhado os casos. Mais de 25% ouviram falar, e outros 32% não acompanham nem souberam dos problemas no ministério de Dilma.

Dilma e Lula

Em agosto de 1999, também pela CNT/Sensus, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) tinha aprovação de 12% em seu governo. Seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tinha 48,3% em agosto de 2003.

Na comparação com Lula, 11,5% preveem que o governo de Dilma será melhor, enquanto, para 38,1%, será igual. Já 45,4% consideraram que ele será pior.
CNI/Ibope

Em outra pesquisa, divulgada na última quarta-feira (10), a CNI/Ibope revelou que a popularidade do governo da presidente Dilma caíra de 56% em março para 48% no fim do mês passado. O segundo levantamento foi realizado entre 28 e 31 de julho e contempla a crise no Ministério dos Transportes, que derrubou o ex-titular da pasta, Alfredo Nascimento, e mais de 20 outros servidores da pasta.

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas nas cinco regiões do país. A sondagem, que tem dois pontos percentuais de margem de erro, mostrou aumento do número de entrevistados que consideram o governo regular: 36% em julho ante 27% em março. Os que avaliam como ruim ou péssimo passou de 5% para 12%.

Pluralismo estrutural na imprensa. O que é isso?


Por Carlos Castilho
É a expressão que os acadêmicos criaram para abordar a questão da diversidade de enfoques jornalísticos na imprensa. A idéia que está por trás deste conceito é a de que a imprensa, como parte do mundo da comunicação, só contribui para a produção de conhecimento na medida em que seu conteúdo for diversificado, respondendo à variedade de percepções sobre a realidade.
Trata-se de uma nova abordagem da regulamentação da imprensanesta era de transição de modelos de produção de informações. A regulamentação não seria mais uma imposição externa, mas uma consequência da própria reavaliação do papel da imprensa como ferramenta de produção de conhecimento no mundo contemporâneo.
O pluralismo estrutural é uma teoria proposta pelo sociólogo inglês Anthony Giddense que acabou dando origem a uma série de estudos na área da comunicação e da imprensa. A teoria procura enfocar a realidade da comunicação a partir da análise das suas estruturas e do seu processo de produção de conhecimento.
Neste sentido, a questão da diversidade de pontos de vista e de enfoques jornalísticos não é mais apenas uma espécie de luxo informativo, mas uma necessidade decorrente da própria natureza da matéria prima da imprensa: a informação, o dado e o fato. A abordagem destes três elementos depende de percepções de repórteres, editores e comentaristas, o que inevitavelmente abre a possibilidade de visões divergentes.
Assim, quanto mais visões diferentes forem incorporadas a uma cobertura ou reportagem jornalística, mais ela se aproximará do que pode ser chamado de realidade ou verdade. Também será possível contemplar uma maior variedade de públicos, já que todos sabemos que as pessoas não enxergam a realidade da mesma maneira, pois têm experiências de vida, cultura e necessidades diferentes.
Diante do dilema
O pluralismo estrutural na imprensa tanto pode ser analisado dentro de uma empresa jornalística como entre elas. No primeiro caso, trata-se de verificar a diversidade entre as pessoas que compõem a Redação – por exemplo, qual a proporção de homens e mulheres,de grupos étnicos e culturais, de profissionais formados ou não etc. Esta diversidade é essencial, dependendo do tipo de inserção social do veículo de imprensa. Um jornal cujo público está numa área de fronteira, como Foz do Iguaçu, deve possuir uma Redação e uma linha editorial que contemple a diversidade cultural da região.
O pluralismo estrutural interno na imprensa é quase sempre uma decisão corporativa, ou seja, tomada pela empresa, ao contrário do que acontece com o pluralismo externo, entre empresas. Neste contexto, a regulamentação passa a ser fundamental epano de fundo para a discussão atual sobre a necessidade ou não de normas que regulamentem a existência e ação de veículos de comunicação.
A pluralidade estrutural externa pode ser alcançada de duas formas: com ou sem a participação do governo. No primeiro caso ela é o resultado de uma lei ou decreto. No segundo, assume a forma de autorregulamentação, quando as próprias empresas resolvem adotar normas ou códigos de conduta para garantir a diversidade de enfoques jornalísticos.
O debate do pluralismo estrutural nas empresas é complicado porque elas tendem à uniformidade pela lógica do seu modelo de negócios, que privilegia a produção em massa como forma de assegurar lucros máximos com o mínimo de gastos. A diversidade custa caro porque implica romper o modelo de um produto para muitas pessoas. Por isso há uma resistência inata nas indústrias da comunicação contra o pluralismo estrutural.
Mas se a lógica convencional dos negócios aponta na direção da uniformidade do produto final, no caso a notícia, a lógica da produção de informações e de conhecimento sinaliza na direção da diversidade. A avalancha informativa gerada pela internetcriou uma enorme diversificação das fontes de informação, colocando a indústria da comunicação diante de um dilema. Se ela não assumir o pluralismo estrutural, pode ser atropelada pelas novas fontes de informação na internet.
Intervenção inevitável
A imprensa é hoje uma parte essencial na produção de conhecimento e quanto mais diversificado for este conhecimento maior a possibilidade de que ele contribua para a inovação tecnológica, social e cultural. Como a inovação é o grande motor da nova economia digital, fica fácil perceber como o pluralismo já não pode mais ser visto como um penduricalho na estratégia editorial e comercial da mídia.
As indústrias da comunicação tentam condicionar o debate sobre a autorregulamentação de forma a impor uma diversidade estrutural segundo os seus próprios termos, o que contraria a definição de pluralismo, desenvolvida por filósofos sociais como Giddens. Caso elas não consigam ver o contexto mais amplo do problema, a intervenção do governo como representante da sociedade se tornará inevitável.
***
[Carlos Castilho é jornalista]

Notícias - José Mariano Beltrame faz palestra na Barra


Será realizado no dia 13 de setembro uma palestra no Secretário de Segurança José Mariano Beltrame, o evento será realizado na sede da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca, a partir das 19h30. Na ocasião serão abordadas vários temas referentes a segurança pública da cidade do Rio de Janeiro.

Pierre Lévy e Gilberto Gil debatem Cibercultura

Projeto: “Oi Futuro Cabeça”


Na noite de quinta-feira, dia 25 de agosto, o Blog Papo de Jornalista foi conferir a palestra de um dos maiores pensadores da comunicação via internet, Pierre Lévy, que debateu com o cantor e compositor Gilberto Gil temas como cibercultura, hipertexto e mídias digitais. A palestra "O poder da palavra na cibercultura" foi realizada no auditório do Oi Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro e faz parte da programação Oi Futuro Cabeça, que discute os rumos da literatura frente ao crescimento das mídias digitais. O projeto conta com a curadoria das professoras Heloisa Buarque de Hollanda e Cristiane Costa.

A palestra de Lévy causou um frisson entre os bairros do Flamengo e do Catete, muitos estudantes chegaram ao local quatro horas antes do início do evento, já que o acesso ao auditório foi controlado com a distribuição de senhas. O local da palestra abrigou cerca de 80 pessoas, e do lado de fora em dois ambientes, vários alunos e professores universitários disputaram um espaço para acompanhar por telões o debate entre Lévy e Gil. Até os atores, Humberto Carrão e Helder Agostini que são alunos universitários, estavam presentes.

Lévy se considera um otimista ao se dedicar aos estudos da cibercultura há mais de 20 anos. “Sou muito otimista, mas meu otimismo não promete fazer com que internet resolva, em um passe de mágica, todos os problemas culturais e sociais do planeta. Consiste apenas em reconhecer dois fatos. Em primeiro lugar, que o crescimento do ciberespaço resulta de um movimento internacional de jovens ávidos para experimentar, coletivamente, formas de comunicação diferentes daquelas que as mídias clássicas nos propõem. Em segundo lugar, que estamos vivendo a abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe apenas a nós explorar as potencialidades mais positivas deste espaço nos planos econômico, político, cultural e humano”, afirma o estudioso.

Em meio às explicações abstratas sobre os estudos da cibercultura, Lévy partiu para explicações mais concretas e comparou humanidade às formigas. Em seu exemplo, ele disse que essa nova "camada" da web nos daria asas e, uma vez transformados em águias, poderíamos enxergar os processos, ou os caminhos traçados no formigueiro, como um todo, e não apenas uma parte. Dessa forma, nós teríamos uma visão geral de todo o processo. O que Gilberto Gil concordou. “As formigas criarão asas e poderão percorrer e enxergar o espaço” acrescentou o ex-ministro. Gil, ainda ressaltou que nada "é impossível" quando se trata da curiosidade humana e que seria interessante a ideia de uma inteligência coletiva que falasse "através de todos nós", mas que nunca tentasse dizer o que devemos fazer, nos permitindo ter liberdade.

Para Lévy, “O cérebro global já existe: é a internet. O que precisamos computadorizar são significados e contextos, e assim criar a inteligência coletiva”.

Lévy é professor da Universidade de Quebec e entusiasta das possibilidades cognitivas da Internet. É mestre em História da Ciência e doutor em Sociologia e Ciência da Informação e da Comunicação pela Universidade de Sorbonne, da França. Nos anos 90, foi ele quem disseminou o conceito da “inteligência coletiva” pelo mundo, quando o ciber espaço ainda dava seus primeiros passos. O pensador também é autor de vários livros nesta área e suas publicações são muito utilizadas nas salas de aulas de quem estuda comunicação social. Os seus livros mais conhecidos no Brasil são: “Cibercultura” e “O que é o virtual?”

Nos próximos meses, o projeto "Oi Futuro Cabeça" continua abrindo espaço para os debates intelectuais com grandes pensadores, como Janet Murray, Robert Coover, Giselle Beiguelman, Ian Bogost e Arthur Protasio. Os encontros se encerram em dezembro com Labfest, espaço de troca e criação, que reunirá a comunidade literária impressa e transmídia num evento inédito e urgente no campo das letras.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

FENAJ retoma campanha pela aprovação das PECs do Diploma

Coordenação Nacional da Campanha em Defesa do Diploma dão continuidade ao movimento pela aprovação das Propostas de Emenda Constitucional (PECs) que tramitam na Câmara e no Senado. A ideia é buscar a aprovação das propostas neste segundo semestre de 2011. Cresce o movimento para inclusão da PEC 386/09 na pauta de votações da Câmara.


A FENAJ prepara o “Placar da Câmara” com a tendência de voto de cada deputado, a exemplo do que já é feito em relação aos senadores. Os Sindicatos dos Jornalistas já foram orientados a fazer o levantamento com a tendência de voto dos parlamentares de suas bases.


A Coordenação da Campanha também solicitou às entidades e instituições apoiadoras que programem novas atividades de visibilidade do movimento, bem como estimulem mais adesão de cidadãos ao abaixo assinado virtual que pede a imediata votação das PECs.

O deputado Paulo Pimenta (PT/RS) faz contatos para que os parlamentares assinem o pedido de imediata entrada na pauta de votação da Câmara da PEC 386/09. Já manifestaram posição favorável à inclusão da PEC dos Jornalistas na ordem do dia deputados José Guimarães (PT-CE), Emiliano José (PT-BA), Pepe Vargas (PT-RS), Fernando Marroni (PT-RS), Chico Lopes (PCdoB- CE), Efraim Filho (DEM-PB), Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), Chico D´Angelo (PT-RJ), Alexandre Leite (DEM-SP), Rui Costa (PT-BA), Assis Melo (PCdoB-RS), e deputadas Rebecca Garcia (PP-AM), Erika Kokay (PT-DF), Benedita da Silva (PT-RJ) e Gorete Pereira (PR-CE). A coleta de assinaturas será feita durante todo o mês de agosto e, posteriormente, o documento será entregue à presidência da Câmara dos Deputados.

Em outra iniciativa, a deputada Rebecca Garcia (PP/AM) prossegue coletando assinaturas para o relançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Diploma no Congresso. Também com este objetivo a coordenação da Campanha em Defesa do Diploma solicitou às entidades apoiadoras do movimento que intensifiquem os contatos com os deputados federais de suas regiões.

Verbas federais destinadas a Nova Friburgo são bloqueadas por indícios de irregularidades


O Ministério da Integração Nacional e a Controladoria-Geral da União (CGU) bloquearam as verbas federais destinadas ao município de Nova Friburgo (RJ) para enfrentar os efeitos das chuvas de janeiro deste ano na região serrana fluminense. A decisão foi tomada depois da comprovação de indícios de irregularidades no uso dos recursos federais.
Foram várias as irregularidades encontradas, dentre elas: a fragilidade no acompanhamento dos serviços executados por empresas de engenharia e terraplenagem, a demora na construção de casas para desabrigados, a suspensão de obras em escolas por falta de pagamento, a omissão na prestação de contas quanto aos medicamentos da rede de saúde, a gestão precária de donativos, a insuficiência de recursos para atender todos desabrigados com aluguel social e a realização de saques de valores altos em dinheiro.
A prefeitura de Nova Friburgo terá 30 dias para apresentar defesa ao governo federal. Se os argumentos do município não forem convincentes, os recursos bloqueados serão retornados à União. A Advocacia-Geral da União (AGU) também tentará recuperar o dinheiro gasto pela prefeitura de maneira irregular.
A assessoria de imprensa de Nova Friburgo informou que ainda não foi notificada oficialmente sobre a decisão do governo federal.

Pesquisa analisa desemprego e apura estabilidade em julho


Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (15), mostra que o Índice de Medo de Desemprego ficou em 81,9 pontos em julho, média superior ao índice de março, que ficou em 81,7 pontos. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), responsável pela pesquisa trimestral, a variação aponta estabilidade. O índice é calculado em base 100, onde, quanto maior a pontuação, maior o medo dos trabalhadores de perder o emprego. O menor número foi 79,3 pontos, foi registrado em dezembro de 2010.
O levantamento foi feito com mais de 2.000 pessoas e aponta que 15,5% dos entrevistados estão com muito medo de perder o emprego. Percentual pouco menor que o registrado em março (15,7%). Mas a maioria, 54%, respondeu não ter medo.
Para o economista da CNI Marcelo Azevedo, o aumento no Índice de Medo do Desemprego foi pouco significativo e sinaliza estabilidade em relação a março. No entanto, ele acredita que o índice deve continuar subindo. “Além do índice estar em um patamar muito baixo, as pessoas podem ficar mais sensíveis às repercussões da crise econômica internacional”, disse ele.
Segundo Azevedo, o aumento da inflação trouxe um pouco de receio para os consumidores, mas outras "notícias ruins", como uma grande redução da atividade industrial e uma forte queda nas exportações, também podem aumentar a preocupação dos consumidores. "De forma geral, um maior freio na economia pode se refletir no medo do desemprego. O índice está num patamar baixo e é difícil imaginar, no curto prazo, boas notícias."

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Plano Nacional de Banda Larga em debate no Rio


O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, estará no Rio nesta sexta-feira (12/08) para o seminário O Futuro das Telecomunicações no Brasil. Em discussão, questões como o polêmico Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que começa a ser colocado em prática em outubro. O encontro ainda vai tratar da política industrial e perspectivas de tecnologia da informação, com painel que contará com a presença do presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, compondo mesa como coordenador-geral do Fórum Nacional pela Democratização das Comunicações (FNDC).
O PNBL do governo federal foi lançado oficialmente em 2010, mas só em junho deste ano o Ministério das Comunicações chegou a um acordo com as teles para colocar o plano em prática. De acordo com informações divulgadas por entidades ligadas às discussões do meio digital, como o Instituto Telecom, concessões feitas pelo Palácio do Planalto às empresas de telecomunicações acabaram por desfigurar o objetivo do plano: popularizar o acesso à Internet rápida. Isso porque o Executivo federal negociou diretamente “no varejo” após receber pressão das próprias marcas de telecomunicação. Assim, setores importantes da sociedade civil teriam sido excluídos do debate.
De qualquer forma, o que o Palácio do Planalto quer garantir com as negociações é Internet de 1Mbps de velocidade a 35 reais por mês – com limite de download mensal de 300MB. De acordo com o ministro Paulo Bernardo, o PNBL deve aumentar a concorrência e, em seguida, fazer com que as teles baixem os preços cobrados pela Internet ou ofertem melhores serviços. Esta Internet veloz, segundo o ministro, já é um legado para a Copa do Mundo de 2014, quando os jornalistas precisarão de conexão ultrarrápida para divulgar seus trabalhos.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Bolsas para a Conferência Global de Jornalismo Investigativo


Jornalistas interessados em participar da Conferência Global de Jornalismo Investigativo poderão solicitar bolsas para ajudar a custear a ida ao evento. Ele acontecerá de 13 a 16 de outubro em Kiev, na Ucrânia.

A organização da conferência afirma que, em alguns casos, profissionais poderão ter todas as despesas custeadas. 

Para concorrer às bolsas, basta enviar o formulário (disponibilizado abaixo para download) preenchido até 10 de agosto, para o e-mail info@gijc2011.org.

Angelina Nunes, diretora da Abraji, estará no evento. Ela é jurada do Prêmio Shining Light Award, dedicado a trabalhos de jornalismo investigativo de países em desenvolvimento, que premiará seus vencedores durante a conferência.

Para mais informações, acesse o site do GIJC ou envie um e-mail para info@gijc2011.org (em inglês ou russo).

Parcela mais pobre da população tem dieta restrita, mas com melhor qualidade nutricional, diz IBGE


A parcela mais pobre da população brasileira é a que mantém uma dieta mais saudável, considerando os itens presentes na mesa dessas pessoas diariamente. De acordo com a análise de consumo alimentar da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), hoje (28), no Rio de Janeiro, além de comer mais arroz e feijão do que as outras classes, as pessoas com renda de até R$ 296 comem o dobro de batata-doce e a metade de batata frita que os brasileiros com renda superior a R$ 1.089.

“Como as pessoas de menor renda] não têm disponibilidade para comprar tanto, têm uma alimentação mais básica. E a alimentação mais básica tem melhor qualidade nutricional. Mas a diferença entre o consumo dos melhores e piores alimentos é muito pequena. Todo mundo consome os dois tipos de coisa”, avaliou André Martins, pesquisador da POF/ IBGE.



A pesquisa foi feita durante um ano por meio de formulários preenchidos individualmente por mais de 34 mil pessoas relatando o que comeram e beberam durante dois dias, não consecutivos. A análise mostrou que as pessoas com menor renda foram as que revelaram um consumo maior de peixe fresco e salgado e carne salgada. Essa parcela de brasileiros também se destaca por consumir menos doces, refrigerantes, pizzas e salgados fritos e assados. Refrigerante diet é um item praticamente inexistente na mesa dos mais pobres.

“Nos rendimentos mais baixos, você tem muita presença de carboidrato. Já tem também açúcar e gorduras, mas nem tanto quanto os de maior renda porque não tem disponibilidade para ficar comprando batatinha [industrializadas]. Mas mesmo na classe menos favorecida você já tem inadequação de gordura e açúcares”, disse Martins.

Se por um lado o consumo de refrigerante aumenta à medida que a renda melhora, os mais ricos são os que mais consomem frutas, verduras, leite desnatado e derivados do leite. “As classes menos favorecidas não têm consumo adequado de frutas, legumes e verduras. Quando vê as rendas mais altas, a participação desses produtos aumenta. Mas nenhuma delas consome a quantidade de energia que deveria vir das frutas, dos legumes e das verduras e isso acaba rebatendo nos micronutrientes, como cálcio e vitaminas”, avaliou o pesquisador.

O levantamento do IBGE mostra que quanto mais alta a renda, maior é o número de pessoas que fazem pelo menos uma refeição fora de casa por dia. “Os dois consomem coisas erradas [mais pobres e mais ricos]. Entra a disponibilidade de rendimento e a pessoa começa a comprar biscoito recheado, batata industrializada, já começa a consumir mais fora de casa e come pizza, toma refrigerante. Na classe de rendimento mais alta é absurdo o consumo de refrigerante”, disse André Martins.

Essa mesma comparação pode ser feita entre a população urbana e rural. A análise do consumo alimentar mostrou que as médias diárias de consumo per capita de itens como arroz, feijão, batata-doce, mandioca, farinha de mandioca, manga, tangerina, peixes e carnes foi muito maior na zona rural. Na área urbana os entrevistados revelaram um consumo maior de alimentos prontos ou processados, como pão de sal, biscoitos recheados, iogurtes, vitaminas, sanduíches, salgados, pizzas, refrigerantes, sucos e cervejas.

Hepatite: especialistas chamam a atenção para diagnóstico precoce


Há um ano, Humberto Silva, 46 anos, descobriu que tem hepatite C. O diagnóstico já mostrou de imediato uma cirrose, estado avançado da doença. Os médicos não souberam dizer quando houve a infecção, mas supõe-se que foi ainda na infância, quando passou por uma cirurgia, e somente depois de anos foi detectada.

“Não sentia nada. A hepatite fica hospedada na pessoa e vai acabando com o fígado dela aos poucos, sem que ela perceba”, disse Silva, que preside a Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite.
Assim como o brasileiro Humberto Silva, milhares de pessoas em todo o mundo têm a doença e não sabem. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 2 bilhões tenham sido infectados pelas hepatites virais e 1 milhão morram por causa da doença a cada ano. O vírus é de 50 a 100 vezes mais infeccioso do que o HIV.

No Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, lembrado nesta quinta-feira, 28, a OMS chama a atenção das autoridades e nações para a importância do diagnóstico precoce dessa epidemia silenciosa. Na maioria dos casos, os sintomas não aparecem e, quando ocorrem, pode ser um sinal de que a doença está na fase crônica. Os mais comuns são cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômito, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

“A pessoa não se reconhece doente. Por ser uma doença silenciosa, o diagnóstico é muito difícil”, disse o presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, Raymundo Paraná. O médico alerta que o consumo de álcool e a obesidade contribuem para evolução mais rápida da doença.

Estima-se que existam 5 milhões de brasileiros infectados pelos vírus B e C da hepatite, segundo as entidades da sociedade civil. Mais de 90% desconhecem ter a doença. De 1999 a 2009, foram confirmados mais de 284 mil casos dos cinco tipos de hepatite (A,B,C,D e E) no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. No mesmo período, 20.073 mortes foram registradas, sendo 70% delas devido à hepatite C, a mais agressiva. No país, as mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C.
Sem saber da doença, aumenta o risco de a inflamação no fígado agravar-se e provocar danos mais graves à saúde, como cirrose ou câncer. Humberto Silva, presidente da Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite, defende que os médicos criem o hábito de pedir o teste para identificar a doença precocemente. O exame pode ser feito por meio da coleta de sangue ou biópsia do fígado. “É preciso que alguém interrompa o ciclo da hepatite. Não se pode esperar que a pessoa descubra sozinha”, disse.

O tratamento está disponível na rede pública de saúde, pode ter duração de seis meses a um ano, dependendo do tipo de hepatite. Podem ocorrer efeitos colaterais, como dores musculares e queda de cabelo, mas a taxa de abandono da terapia é baixa. Os medicamentos mais usados são o Interferon (injeção subcutânea) e a Ribavirina (comprimidos). Na rede privada, o tratamento pode chegar a R$ 50 mil.
Existem vacinas contra as hepatites A e B, disponíveis em centros de referência imunobiológica e nos postos de saúde, respectivamente. A hepatite C não tem vacina, mas pode ser curada.

Como é a transmissão das hepatites virais:

 - Hepatites A e E: a transmissão ocorre por meio do contato com indivíduo, água ou alimento contaminado com o vírus. Está relacionada à falta de higiene e de saneamento básico.

- Hepatites B e C: transmitidas por relação sexual, da mãe para o filho durante o parto, pelo uso compartilhado de seringas, lâminas de barbear, alicates de unhas e objetos cortantes, assim como os usados em tatuagem e piercing, e por transfusão de sangue infectado. No caso da C, a infecção pelo sexo é mais rara.

- Hepatite D: ocorre em quem tem o vírus da hepatite B. A transmissão é semelhante à do tipo B.

Pesquisa mostra os alimentos mais consumidos pelos brasileiros


Arroz, feijão e café são itens garantidos na mesa dos brasileiros. A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), apresentada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 28, no Rio de Janeiro, mostra que esses são os produtos mais consumidos diariamente pela população. De acordo com o levantamento, os entrevistados consomem, em média, por dia, mais de 182 gramas (g) de feijão, 160g de arroz e 215 mililitros (ml) de café (solução). “O brasileiro toma de seis a sete copinhos de café por dia”, segundo André Martins, pesquisador do instituto. 

Também estão na relação de itens preferidos pela população na hora de se alimentar o pão de sal e a carne bovina, que foram consumidos por 63% e 48,7% dos entrevistados, no primeiro dia de pesquisa, respectivamente.


Os brasileiros da Região Centro-Oeste do país são os que mais consomem arroz (consumo médio per capita de 195,4g), carne bovina (88,1g) e leite integral (45,4g). No Sudeste, o consumo de feijão (218,1g) teve destaque, assim como o da batata-inglesa (23,2g) e do iogurte, que também são preferências no Sul do país.


A pesquisa do IBGE também mostra que alguns itens são mais característicos de determinadas regiões. No Norte, por exemplo, são comuns as preparações à base de leite, como o mingau, cujo consumo entre os nortistas é muito superior do que entre a população do Sul e Centro-Oeste. Outro destaque entre as preferências do paladar da população do Norte é o peixe fresco e suas preparações, consumidos em porções médias diárias de 95g, e o açaí, que é consumido em média em quantidade equivalente a 28,4g diárias e quase que exclusivamente nessa região.


Entre todas as diferenças alimentares do Norte e as outras regiões brasileiras, a farinha de mandioca lidera as variações de preferência. Enquanto no Norte, 40% da população consomem diariamente o produto, em porções médias diárias equivalentes a 46,2g, no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, apenas 5% dos entrevistados disseram comer todos os dias esse tipo de farinha.


“Já se sabe que o consumo de farinha é tradicional no Norte e Nordeste. Só não tínhamos uma medida de quanto. Assim como esperávamos o consumo alto de chás no Sul. Se observarmos o consumo de chás, o Sul desponta totalmente em relação a outras regiões”, avaliou Martins. O consumo médio per capita de chá na Região Sul chega a 147,6 mililitros diários.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Rádios comunitárias podem ser proibidas de usar a sigla FM no nome


A Câmara analisa o Projeto de Lei 490/11, do Senado, que proíbe o uso da sigla FM no nome fantasia ou na razão social de emissoras de radiodifusão comunitária. Pela proposta, as rádios comunitárias que não se adaptarem à regra correm o risco de não terem as licenças renovadas. 

De acordo com o autor do texto, o ex-senador Roberto Cavalcanti, a sigla FM está associada às emissoras comerciais. Ele argumenta que o uso da sigla por rádios comunitárias confunde o público e os clientes, além de causar prejuízos às emissoras comerciais.
Cavalcanti argumenta que as estações comerciais dependem da publicidade para pagar pelo uso da frequência, o que não ocorre nas rádios comunitárias.

Termos firmados com empresas de telefonia preveem internet a 5 Mbps até 2015


Os termos de compromisso firmados recentemente entre o governo e as operadoras de telefonia fixa para a oferta de banda larga preveem que, além de oferecer internet com velocidade de 1 megabit por segundo (Mbps) a R$ 35 por mês, as empresas devem disponibilizar internet com velocidade de pelo menos 5 Mbps ao maior número possível de municípios até 2015.
O acordo não prevê metas de cobertura, nem define preços para a oferta de internet a 5 Mbps, apenas diz que as empresas deverão se esforçar para tornar técnica e comercialmente disponível um plano de serviço de banda larga no varejo com esta velocidade. “É um cenário de uma intenção conjunta futura de trabalhar para aumentar a velocidade”, disse hoje (15) o secretário executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez.
O prazo para que todos os municípios brasileiros possam contar com internet de 1 Mbps a R$ 35 acaba em dezembro de 2014, mas as cidades que serão sede de jogos da Copa do Mundo e suas regiões metropolitanas deverão estar atendidas até a realização do Mundial.
No fim de junho, as concessionárias de telefonia fixa assinaram um termo de compromisso com o governo, garantindo o início da oferta de internet com velocidade de 1 Mbps a R$ 35 por mês em até 90 dias. A vigência do termo de compromisso extingue-se em 31 de dezembro de 2016.