domingo, 31 de outubro de 2010

Às urnas cidadãos


por Rita Vasconcelos
    Vivemos numa democracia, pois ela traz em si mesma as sementes do aprimoramento. É essa democracia que nos traz a possibilidade de escolher, entre tantos, um governante para liderar nossa Nação. Uma Nação de Negros, Brancos, Índios, católicos, budistas, de opções partidárias e gêneros sexuais diferentes. Rica em hegemonias culturais. Uma Nação que em sua maioria é pobre, e sendo exaltada nesse momento de campanha política, faz-se rica e importante. É dela o poder decisório nas urnas - a demografia brasileira não nos deixa enganar. 
Nesses quatro meses de campanha eleitoral, todos fizeram campanha para os pobres. Ninguém comentou de responsabilidade fiscal ou cambial. Nenhum dos candidatos ratificou que, para o próximo governo, teremos problemas grandiosos com os cofres públicos e com o sistema previdenciário.
O mais interessante é que, no plano utópico das campanhas partidárias, os pobres são sempre prioridades, mas quando chegam ao poder vêem que não é tão fácil governar uma Nação com média de 100 milhões de habitantes pobres. População que precisa de saúde, educação, emprego e um saneamento decente para sobreviver. A campanha enfatizou que eles têm ciências das principais necessidades dos brasileiros. Necessidades reais, que no plano de governo dos presidenciais, parecem platônicos. A maneira que eles propagam suas idéias parecem meras utopias. Eles não conseguem transmitir realidade. Salve, salve marketing político! 
Nos blocos partidários, os dois candidatos esbanjaram dignidade aos pobres. Fizeram um marketing eleitoral totalmente voltado para os menos favorecidos. Mostraram que a classe baixa é prioridade. Exaltaram as políticas sócias. Políticas essas que esvaziam os cofres públicos e impulsionam à inflação. Isso nos mostra que a soberania do Estado é o povo. Pena que eles só lembram disso no período de campanha política.
Mas, apesar de tudo, essas eleições teve um lado um positivo. Foi possível perceber como o povo tem força – força esta desconhecida para muitos. E não adianta usar os líderes religiosos e ideológicos para defender ou atacar em prol de um interesse, pois o voto é decidido nas urnas. Apesar das tentativas de manipular, através de nossas descendências religiosas e ideológicas, somos capazes de discernir o que é prioridade para nossa vida – para vida dos nossos familiares. 
Eu acredito na Democracia. Todos - ricos e pobres – decidiremos hoje quem governará o nosso país. Só hoje, após 17h (horário de Brasília), saberemos quem será o próximo presidente da nossa Nação. E de acordo com nossas intimas expectativas, preveremos como será a administração do nosso país nos próximos quatro anos. Cada cidadão tem motivos bastante peculiares para escolher o seu governante.
Cesse tudo, pois o voto vai ser decidido na urna. São dois números e um aperto na tecla “confirma”. Simples e decisivo. Às urnas, cidadãos.

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