por Rita Vasconcelos
Vivemos numa
democracia, pois ela traz em si mesma as sementes do aprimoramento. É essa
democracia que nos traz a possibilidade de escolher, entre tantos, um
governante para liderar nossa Nação. Uma Nação de Negros, Brancos, Índios, católicos,
budistas, de opções partidárias e gêneros sexuais diferentes. Rica em
hegemonias culturais. Uma Nação que em sua maioria é pobre, e sendo exaltada
nesse momento de campanha política, faz-se rica e importante. É dela o poder
decisório nas urnas - a demografia brasileira não nos deixa enganar.
Nesses quatro
meses de campanha eleitoral, todos fizeram campanha para os pobres. Ninguém
comentou de responsabilidade fiscal ou cambial. Nenhum dos candidatos ratificou
que, para o próximo governo, teremos problemas grandiosos com os cofres
públicos e com o sistema previdenciário.
O mais
interessante é que, no plano utópico das campanhas partidárias, os pobres são
sempre prioridades, mas quando chegam ao poder vêem que não é tão fácil
governar uma Nação com média de 100 milhões de habitantes pobres. População que
precisa de saúde, educação, emprego e um saneamento decente para sobreviver. A
campanha enfatizou que eles têm ciências das principais necessidades dos
brasileiros. Necessidades reais, que no plano de governo dos presidenciais,
parecem platônicos. A maneira que eles propagam suas idéias parecem meras utopias. Eles não conseguem transmitir realidade. Salve, salve marketing político!
Nos blocos
partidários, os dois candidatos esbanjaram dignidade aos pobres. Fizeram um
marketing eleitoral totalmente voltado para os menos favorecidos. Mostraram que
a classe baixa é prioridade. Exaltaram as políticas sócias. Políticas essas que
esvaziam os cofres públicos e impulsionam à inflação. Isso nos mostra que a
soberania do Estado é o povo. Pena que eles só lembram disso no período de
campanha política.
Mas, apesar de
tudo, essas eleições teve um lado um positivo. Foi possível perceber como o
povo tem força – força esta desconhecida para muitos. E não adianta usar os
líderes religiosos e ideológicos para defender ou atacar em prol de um
interesse, pois o voto é decidido nas urnas. Apesar das tentativas de
manipular, através de nossas descendências religiosas e ideológicas, somos
capazes de discernir o que é prioridade para nossa vida – para vida dos nossos
familiares.
Eu acredito na
Democracia. Todos - ricos e pobres – decidiremos hoje quem governará o nosso
país. Só hoje, após 17h (horário de Brasília), saberemos quem será o próximo
presidente da nossa Nação. E de acordo com nossas intimas expectativas,
preveremos como será a administração do nosso país nos próximos quatro anos. Cada
cidadão tem motivos bastante peculiares para escolher o seu governante.
Cesse tudo, pois o voto vai
ser decidido na urna. São dois números e um aperto na tecla “confirma”. Simples
e decisivo. Às urnas, cidadãos.
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