terça-feira, 19 de outubro de 2010

O Milagre de um bom marketing eleitoral


por Rita Vasconcelos
A corrida para o término do segundo turno está acelerada. No último domingo de outubro, exatamente no dia 31, decidiremos quem será o próximo presidente do Brasil. E analisando toda campanha (desde o primeiro turno) é perceptível como os dois candidatos vêm se comportando de forma cítrica e imatura – nem parecem velhos políticos de guerra –. Tanto José Serra (PSDB), quanto a Dilma Roussef (PT) optaram por uma campanha anódina. É válido salientar que, ambos possuem boas propostas, porém a forma pelo qual os dois candidatos transmitem é truncada e pouco motivante. Uma propaganda eleitoral baseada em denuncias e ofensas; com projetos mal elaborados. A campanha é tão fraca que eles precisaram apelar para o público cristão. Utilizam, como utensílio publicitário, panfletos com a frase “Jesus é a verdade e a justiça” e comícios com orações e cantos religiosos.

Sabemos que a cultura da política mundial é temperada com difamações e também temos ciência que corrupção não tira voto de ninguém – infelizmente. Mas temos uma historia de bons planos de Governo. Um marketing eleitoral bem estruturado. Alguém se lembra da trajetória do presidente Lula? O quanto à campanha dele foi avançando ao longo dos anos? E sempre com um mesmo objetivo: fazer política para os menos favorecidos. Os Cientistas Políticos arriscam dizer que se o presidente Lula pudesse candidatar-se novamente, independente da sua opção partidária, inclusive pelo PSDB, ele ganharia e com número recorde de votos. E agora, nestas eleições de 2010, os dois candidatos não conseguem convencer a maioria do eleitorado que serão bons líderes de Estado nos próximos quatros anos.

A Dilma, mesmo servindo de irmã siamesa do presidente Lula – tendo-o a sua sombra –, não transparece uma forte candidata. Tendo a falta de carisma como uma fraqueza considerável, a candidata não consegue expor que possui um currículo exemplar. Muitos perguntam: Quem é Dilma? Ressalto que a candidata possui uma bagagem acadêmica e política respeitável. É doutora em Ciências Sociais na área de teoria monetária pela Unicamp e chefiou a Casa Civil, sendo a primeira mulher no Brasil a ocupar essa pasta, desde 2005. É vista no meio político como uma mulher rígida e severa. Seu perfil é de gerentona e administradora. O sucesso do PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) dar-se à candidata. Na oposição temos o José Serra com um perfil comedido, traduz um candidato sem experiência mesmo tendo ótimo currículo político. Foi Ministro do Planejamento e da Saúde no governo Fernando Henrique Cardoso. Foi prefeito da Cidade e governador do Estado de São Paulo.  Mesmo com uma trajetória política e social tão fascinante, eles não conseguem esquematizar um marketing eleitoral a altura de um presidente da República. Será que só existe o Duda Mendonça como bom marketeiro político nesse país? Vou me especializar nessa área. Quem sabe é uma boa opção de trabalho?! 

Viajando pela História da política brasileira podemos perceber que políticos populistas como o ex-presidente Getulio Vargas e o próprio presidente Lula se perpetuaram como grandes referências políticas. Nas casas mais humildes do interior do país, como Norte e Nordeste, as famílias colocam foto do presidente Lula na parede (Sabem o que isso represente no psicológico desses cidadãos?). O ex-sindicalista conseguiu conquistar a classe social que só Getúlio Vargas havia conquistado com tanta diplomacia. E com o slogan “Pai dos pobres” eles (Getúlio e Lula) conseguiram trazer mais dignidade para o povo pobre. Um marketing eleitoral forte e estratégico; a ponto de trabalhar com o imaginário da população mais carente. O Hitler também sabia fazer uma psicologia de massa como ninguém, tanto que conseguiu convencer uma Nação inteira a aderir pelo Nazismo.  Mas longe de comparar Getúlio e Lula com Hitler. Apenas uma observação de como um bom marketing é capaz de fazer com o inconsciente das pessoas. Ao proferir essas estratégias, as classes menos favorecidas acreditam que tiveram mais oportunidades. Exemplos: O ex-presidente Getúlio Vargas criou a carteira de trabalho, inaugurando os Direitos Trabalhistas; O presidente Lula, com sua velha política social aumentou o poder compras dos assalariados. Levantou a auto-estima dos brasileiros. A classe baixa nem se preocupa com os tributos, sendo um dos mais auto do mundo, o importante é ter um emprego e conseguir comprar carros, motos, tvs e celulares de última geração, mesmo precisando parcelar em mil vezes. O importante é ter conforto e satisfação!

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