quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Reflexos da política de Lula


por Daniele Barizon
Contato: danielebarizon@oestadorj.com.br / Twitter: danielebarizon








O presidente Lula, logo que deixar o cargo, deverá pôr em prática um antigo plano: criar um instituto que ofereça auxílio na elaboração de políticas públicas e de infraestrutura no combate às desigualdades sociais, principalmente – mas não só – no continente africano. Em relação à infraestrutura, com foco no transporte e na geração de energia, pretende buscar ajuda internacional através de capitalização de verbas e doações.

Se depender de sua penetração no cenário exterior, tudo indica que o negócio estará bem encaminhado. Sua projeção é maior que a de qualquer outro mandatário tupiniquim. Através de uma política “carinhosa” – embora firme e objetiva – no dizer do jornal britânico Financial Times (grifo nosso), deu-se ênfase ao relacionamento com as nações sul-americanas e outras antes consideradas de menor peso, como África e países do Oriente Médio, sem descuidar dos Estados Unidos e países europeus e asiáticos.

Em território nacional não será diferente. Com 85% de aprovação, Lula é o presidente mais popular da história do Brasil, unanimidade mesmo em comparação com nomes de peso como Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. Se nos determos aos índices a partir da reabertura democrática, o ex metalúrgico coloca-se com folga, em cada um de seus pleitos (no segundo com respaldo de 63%), à frente de José Sarney (9%), Itamar Franco (55%) e Fernando Henrique Cardoso (58 e 35% no primeiro e segundo mandatos, respectivamente).

Embora seja pouco provável que aceite, o petista ainda é cotado para assumir a Secretaria Geral das Nações Unidas ou a chefia temporária da Unasul (União de Nações Sul-Americanas).

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