domingo, 12 de junho de 2011

O bombeiro que existe em cada um de nós

Um das coisas que mais impressionam neste movimento dos bombeiros é a rápida e convicta adesão popular. A onda vermelha virou febre, e contagiou taxistas, atores, religiosos, mães, aposentados... 

Tomou conta. 
E não perde a força. 

Sem entrar nos méritos políticos, este enredo traz personagens muito claros, e espectadores absolutamente voluntariosos. 

De um lado, o poder e a autoridade. De outro, uma categoria cujo ofício é salvar vidas, se arriscar nos momentos mais dramáticos pelo outro, esquecer dos perigos. 

Esquecer de si mesmo. 

Em todo o mundo, a classe dos bombeiros é reverenciada. É como uma instituição acima do bem e do mal. Enfrenta catástrofes em nome da humanidade. Às vezes, dá a sua própria vida para salvar outra. 

De certa forma, o bombeiro e seu ofício nos mostra o verdadeiro tamanho da vida. Todos temos um bombeiro dentro de nós. E nós o encontramos quando temos que buscar forças para encarar nossos incêndios pessoais. 

Ele nunca nos abandona. 

Por isso, é impossível abandoná-lo. 

Este movimento se transformou num fenômeno coletivo de empatia imediata e irresistível. Muito além de briguinhas políticas, hierárquicas e estratégicas. 

É uma luta que não está apenas em comícios e em negociações. Está também dentro de nós. 

A fitinha vermelha é só uma forma de amarrar estes dois mundos.


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