sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Entenda a chamada "Guerra Cambial"


O que é

 

A chamada guerra cambial é a disputa entre países envolvendo a cotação de suas moedas, com a tomada de medidas unilaterais para desvalorizar suas divisas.




Qual a origem


A origem da disputa pelo cambio está na desvalorização contínua do dólar frente às moedas locais. Segundo economistas, os Estados Unidos estão “inundando” o mundo com dólares para fazer frente aos efeitos da crise mundial e o excesso da moeda faz com que ela perca valor. Só no dia 3 de novembro, os EUA anunciaram a injeção de mais de US$ 600 bilhões.


Por que conter a queda do dólar


O dólar desvalorizado prejudica a exportação dos países, porque torna seus produtos mais caros no mercado internacional. Ao mesmo tempo, torna as importações mais baratas, enfraquecendo também as empresas no mercado interno.


 Emergentes

Com a crise nos países desenvolvidos os emergentes se tornaram “alvo” preferencial desse excesso de dólares. No Brasil, também contribui para esse fluxo de condições econômicas estáveis e a alta taxa de juros.


 China


A China é apontada por muitos países como o um dos “vilões” da guerra cambial, uma vez que o país asiático mantém sob controle e a moeda local desvalorizada. Com os produtos chineses ainda mais barato no exterior, os países passam adotar medidas de retaliação.




O que já foi feito no Brasil


Para tentar conter a queda do dólar, o Brasil elevou a alíquota do IOF para investimento entrangeiro na renda fixa, de 2% para 6%; e elevou a capacidade do governo para comprar dólares e enxugar o excesso da moeda. A tendência, no entanto, é que a cotação do real siga em alta.



Críticas no Brasil

Tanto o ministro da Fazenda, Guido Mantega, quanto o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e até o presidente Lula têm criticado a guerra cambial. O ministro defende uma coordenação global entre os países para equilibrar o câmbio.


 Futuro



Segundo os analistas, a tendência mundial de queda do dólar deve se manter. Medidas coordenadas entre os países podem reduzir essa pretensão, mas seus efeitos devem continuar a ser sentido até que as grandes economias mundiais se recuperem.







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