quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dilma enfatiza o desafio de continuar a era lulismo


Em seu primeiro discurso, a Presidente eleita Dilma Rousseff mostra a necessidade de renovação, porém sem desconsiderar o governo administrado pelo Presidente Lula. Um dos principais desafios, prosperados para o próximo governo, será arrumar a casa, sem esplanar os desfeitos realizado pelo seu padrinho.

Dilma procurou enfatizar que não é o Lula, portanto optou por um pronunciamento técnico sem muita emoção, todavia, conseguiu passar seu recado.

Em analogia ao slogan do Presidente Barack Obama (Yes, We can!), Dilma prometeu honrar a mulher, e disse “ Gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas, e lhes dissessem: SIM, a mulher pode!”.

Uma das promessas de Dilma, que demonstrou continuar o legado de Lula, foi erradicar a miséria, e ressalta, “Por isso, reforço aqui meu compromisso fundamental: a erradicação da miséria e a criação de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras.”. Continua, “A erradicação da miséria nos próximos anos é, assim, uma meta que assumo, mas para a qual peço humildemente o apoio de todos que possam ajudar o país no trabalho de superar esse abismo que ainda nos separa de ser uma nação desenvolvida. ”, destaca Dilma.

Em palavras, Dilma promete que se empenhará mais com a política interna, mas sem desconsiderar a importância da política externa (marco do Lula), terá mais cautela ao administrá-la. Dilma destaca, ”Por isso, se tornam ainda mais importantes nossas próprias políticas, nosso próprio mercado, nossa própria poupança e nossas próprias decisões econômicas.(...) Longe de dizer, com isso, que pretendamos fechar o país ao mundo. Muito ao contrário, continuaremos propugnando pela ampla abertura das relações comerciais e pelo fim do protecionismo dos países ricos, que impede as nações pobres de realizar plenamente suas vocações.”.

Sem deixar de destacar os boatos e ofensas veiculado na internet, Dilma enfatiza, “Não nego a vocês que, por vezes, algumas das coisas difundidas me deixaram triste. Mas quem, como eu, lutou pela democracia e pelo direito de livre opinião arriscando a vida; quem, como eu e tantos outros que não estão mais entre nós, dedicamos toda nossa juventude ao direito de expressão, nós somos naturalmente amantes da liberdade. Por isso, não carregarei nenhum ressentimento.”

Dilma também queixa-se da imprensa, mas reafirma seu compromisso com a liberdade, "Disse e repito que prefiro o barulho da imprensa livre ao silencio das ditaduras. As críticas do jornalismo livre ajudam ao país e são essenciais aos governos democráticos, apontando erros e trazendo o necessário contraditório."

Dilma termina seu discurso mostrando que se respaldará com conselhos de Lula: “Sei que um líder como Lula nunca estará longe de seu povo e de cada um de nós. Baterei muito a sua porta e, tenho certeza, que a encontrarei sempre aberta.”

Ao contrário do Lula, que encontrou, em 2003, um governo com índices de aceitação baixíssimo, sucedendo o Governo do Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com uma popularidade em migalhas, Dilma recebe um governo não só de aliados, mas de um presidente que tornou-se um verdadeiro mito, e por isso, terá uma responsabilidade dobrada: conquistar a confiança dos brasileiros, entretanto, não poderá culpar seu padrinho pelos problemas que encontrará pela frente.

Boa sorte, presidente eleita Dilma Roussef! O Brasil segue avançando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário