Um
dos trabalhos voluntários mais preciosos da nossa sociedade – a doação de
sangue - completa 66 anos. No próximo dia 25 de novembro é comemorado o
Dia Nacional do Doador. A doação de sangue é uma demonstração de amor que não
tem preço, pois, além de ser gratuito aos nossos bolsos, pode salvar milhões de
vidas, inclusive a nossa. Um brilhante gesto que desmerecemos muitas vezes por
preguiça, mas na hora do sufoco, quando nossos familiares ou nós mesmos
precisamos de uma transfusão de sangue emergencial, julgamos e condenamos o
governo por não ter infraestrutura, mas, na verdade, é um dever nosso de
cidadão.
Criado, em 1964, pelo Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcante (Hemorio), a comemoração tem como objetivo atingir uma meta de doação entre 3% e 5% da população de todo país; taxa ideal para manter o estoque regularizado. Parece uma estatística pequena, mas segundo o Hemorio é uma taxa difícil de ser alcançada, pois a média anual varia entre 1,76% e 1,78%.
Por
ocasião do momento festivo, e com objetivo de trazer mais doadores, a semana
do dia 25 de novembro tem uma programação interessante para os visitantes. A
campanha conta com a participação de artistas e personalidades, que gentilmente
cedem suas imagens ao hemocentro para divulgação da importância do gesto. Mas não para por aí, pois o Instituto tem
ações motivadoras o ano todo. Segundo a diretora do Hemorio, Clarisse Lobo, o
hemocentro tem uma forte parceria com os clubes de futebol, empresas e
universidades, ao qual ajudam na divulgação do Instituto de Hematologia ao
longo do ano.
Em
nota, o Jornal do Brasil informa, o Hemorio coleta uma média de 300 bolsas de
sangue por dia, apesar da capacidade de atender o dobro de voluntários. Cerca
de 1,8% da população doa sangue regularmente, o que ainda é muito baixo.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, seriam necessários que 5%
da população adotasse a prática.
Para
quem deseja ser um doador é muito fácil.
É preciso comparecer a qualquer unidade do hemocentro mais próximo de sua
residência, porém é necessário estar em boas condições de saúde. O procedimento
é simples, basta apresentar documento de identidade original ou fotocópia
autenticada ou documento equivalente com foto e filiação para um pequeno
cadastro; É necessário ter entre 18 e 65 anos e peso mínimo de 50 quilos; não precisa estar
em jejum, mas é imprescindível descansar,
no mínimo, seis horas nas últimas 24 horas. Não pode estar gripado ou febril. As mulheres grávidas e lactantes não devem
doar sangue. E pessoas que ingeriram bebida
alcoólica, no período de seis horas que antecede a doação, também estão incapacitadas
de fazer a doação.
Outra informação importante coletadas no portal da institituto: não poderá doar sangue o voluntário que tenha feito tatuagem, piercing ou tratamento com acupuntura nos últimos 12 meses; portadores de vírus da Aids, hepatite B, hepatite C; pessoas que já viveram situações sexuais de risco acrescido; quem possui histórico de doença hematológica; cardíaca, renal, pulmonar, hepática, ato-imune, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramento anormal, convulsão após os dois anos de idade ou epilepsia, sífilis, doença de Chagas ou malária; usuários de drogas; medicamentos contra indicados para doação de sangue, anemia e mulheres grávidas.
O Hemocentro possui um Disque-sangue, no telefone
O
Hemorio funciona todos os dias, incluindo sábados, domingos e feriados, das 7h às 18h. O endereço é Rua Frei Caneca, n°8, centro do Rio de
janeiro. Para maiores informações bastar acessar o portal do Hemorio, www.hemorio.rj.gov.br.
História
do Hemorio.
Informações
coletadas no site do instituto.
Criado
em 1944, o Instituto de Hematologia inaugura suas
atividades num período, ao qual a humanidade passava por turbulências marcadas
pela Segunda Guerra Mundial; já com cinco
anos de existência. Almejando salvar milhares de pessoas envolvidas na Guerra, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, na época capital da República, cria o primeiro Banco de Sangue do Brasil.
A
sede do Banco de Sangue foi implantada no prédio de
características neoclássicas situado à Rua Teixeira de Freitas, na Lapa, RJ. Desde
sua criação já apresentava características de hemocentro, já
que distribuía sangue para os hospitais de emergência. Doze anos depois, em
1956, com a implantação de um serviço de Hematologia ligado ao banco de sangue,
originou-se o Instituto de Hematologia, que mais tarde recebeu o nome do médico
Arthur de Siqueira Cavalcanti.
No
governo Carlos Lacerda, foi projetada a construção de um novo prédio em um
terreno ao lado do hospital Souza Aguiar. As obras foram iniciadas em março de 1964. A grandiosa obra ofereceu ao Rio de Janeiro um dos melhores centros de hematologia, com
infraestrutura moderna para suprir as necessidades de diversas especialidades
da área. O excelente centro de pesquisas e de formação de técnicos possibilitou
o incremento da coleta de sangue, a estocagem e o preparo do plasma e
derivados, para que pudesse atender a demanda cada vez maior. Em 29 de setembro de 19 69, foi inaugurada, na Rua
Frei Caneca, a atual sede do que viria a se chamar, dezessete anos depois, o
Hemorio
O
Hemorio abastece, com sangue e derivados, cerca de 200 unidades de saúde; recebe uma média de 350 doadores voluntários
de sangue por dia. Além disso, possui um serviço de Hematologia com mais de 10
mil pacientes ativos, que realizam tratamentos de doenças hematológicas.
A excelência de seus trabalhos foi comprovada
com diversos prêmios de qualidade pelo Estado e Governo Federal. Em 2004, o
Hemorio foi o grande vencedor do Prêmio Qualidade Rio, com a inédita medalha de
ouro concedida a uma instituição pública.
O
trabalho desenvolvido no Hemorio - reconhecido internacionalmente pela
Associação Americana de Bancos de Sangue AABB e pela Joint Commission International - e a concretização de vários projetos que demonstram o
crescimento institucional.
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