quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Recortes de jornais de uma semana inteira de violência no Rio de Janeiro

Sábado, 20 de novembro
A onda de violência começou por volta das 23h de sábado, com ataques na rodovia Rio-Magé (BR-116), na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Numa tentativa de arrastão, um homem foi morto com um tiro de fuzil.

Domingo, 21 de novembro
Seis homens armados com fuzis abordaram três veículos na Linha Vermelha (uma das principais vias da cidade). Os criminosos assaltaram os donos do veículo e incendiaram dois desses carros, abandonando o terceiro. Logo após, enquanto fugia, o mesmo grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer), arremessaram uma granada contra o utilitário Doblò. O ocupante do veículo, o sargento da Aeronáutica Renato Fernandes da Silva, conseguiu escapar ileso. A partir de então, os ataques se multiplicaram.

Segunda-Feira, 22 de novembro
Motoristas de dois carros e uma van tiveram seus veículos incendiados em Irajá. No mesmo bairro uma cabine da PM foi baleada. À noite, suspeitos atiraram contra policiais em Del Castilho, no subúrbio, atingindo a cabine da PM e um carro que estava estacionado perto.

Também no subúrbio, na Via Dutra, dois carros foram queimados na altura da Pavuna e outros dois veículos foram roubados. Na Zona Norte, outros dois carros foram incendiados, um no Estácio e outro na Tijuca. Os tiros atingiram um carro que estava estacionado nas proximidades. Ninguém ficou ferido.

O serviço de inteligência do governo do Rio reúne-se para um plano de ação contra os terroristas; levantam hipóteses que os ataques podem ser planejados por líderes de facções criminosas que estão no presídio federal de Catanduvas, no Paraná.   

Terça-Feira, 23 de novembro
Um carro apareceu queimado, desta vez na Praça da Bandeira, na Zona Norte. Segundo policiais da 18ª DP (Praça da Bandeira), o proprietário contou que encontrou o carro pegando fogo e acredita que tenha sido um ataque.

A polícia anunciou que todo o efetivo foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Foram registrados 12 presos, três detidos e três mortos.

Quarta- Feira, 24 de novembro
23 pessoas foram mortas, 159 foram presas ou detidas e 37 veículos foram incendiados no Estado. Pessoas morreram em confronto com a polícia. Houve reforço do policiamento em toda cidade. Entre as vítimas dos confrontos, está uma adolescente de 14 anos, que morreu após ser baleada nas costas.

O governo do Estado transferiu oito presidiários (acusados de liderar os ataques) do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Outra medida para tentar conter a violência foi anunciada pelo Ministério da Defesa: o Rio terá o apoio logístico da Marinha para reforçar as ações de combate aos criminosos.

A onda de ataques já chegou ao interior do Estado. A Polícia Militar confirmou que um carro foi incendiado na Praia do Forte, região nobre da cidade. Segundo a PM, houve tentativa de incêndio em outros dois carros na cidade, mas, com a chegada da polícia ao local, os criminosos fugiram. Não houve feridos.

Quinta- Feira, 25 de novembro
No quinto dia de ataques ao Rio, um caminhão, um carro e uma moto foram incendiados na Avenida Brasil. Dois micro-ônibus foram incendiados em Rocha Miranda; um carro pegou fogo na Penha, bloqueando o trânsito.

No início da tarde, um ônibus foi incendiado em São Gonçalo, segundo testemunhas, três bandidos pararam o coletivo e mandaram as duas pessoas que estavam dentro descer. Em seguida, atearam fogo ao veículo. Bandidos atiraram uma granada de efeito moral no pátio do Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) na Chatuba, em Mesquita. Uma van foi incendiada em Santa Cruz. 





















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