Sábado, 20 de novembro
A onda de
violência começou por volta das 23h
de sábado, com ataques na rodovia Rio-Magé (BR-116), na altura de Duque de
Caxias, na Baixada Fluminense. Numa tentativa de arrastão, um homem foi morto
com um tiro de fuzil.
Domingo, 21 de novembro
Seis homens
armados com fuzis abordaram três veículos na Linha Vermelha (uma das principais
vias da cidade). Os criminosos assaltaram os donos do veículo e incendiaram
dois desses carros, abandonando o terceiro. Logo após, enquanto fugia, o mesmo grupo
atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer), arremessaram uma
granada contra o utilitário Doblò. O ocupante do veículo, o sargento da
Aeronáutica Renato Fernandes da Silva, conseguiu escapar ileso. A partir de
então, os ataques se multiplicaram.
Segunda-Feira, 22
de novembro
Motoristas de
dois carros e uma van tiveram seus veículos incendiados em Irajá. No mesmo
bairro uma cabine da PM foi baleada. À noite, suspeitos atiraram contra policiais
em Del Castilho, no subúrbio, atingindo a cabine da PM e um carro que estava
estacionado perto.
Também no
subúrbio, na Via Dutra, dois carros foram queimados na altura da Pavuna e
outros dois veículos foram roubados. Na Zona Norte, outros dois carros foram
incendiados, um no Estácio e outro na Tijuca. Os tiros atingiram um carro que
estava estacionado nas proximidades. Ninguém ficou ferido.
O serviço de
inteligência do governo do Rio reúne-se para um plano de ação contra os
terroristas; levantam hipóteses que os ataques podem ser planejados por líderes
de facções criminosas que estão no presídio federal de Catanduvas, no Paraná.
Terça-Feira, 23
de novembro
Um carro apareceu
queimado, desta vez na Praça da Bandeira, na Zona Norte. Segundo policiais da
18ª DP (Praça da Bandeira), o proprietário contou que encontrou o carro pegando
fogo e acredita que tenha sido um ataque.
A polícia
anunciou que todo o efetivo foi colocado nas ruas para combater os ataques e
foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as
estradas. Foram registrados 12 presos, três detidos e três mortos.
Quarta- Feira, 24
de novembro
23 pessoas foram
mortas, 159 foram presas ou detidas e 37 veículos foram incendiados no Estado. Pessoas
morreram em confronto com a polícia. Houve reforço do policiamento em toda
cidade. Entre as vítimas dos confrontos, está uma adolescente de 14 anos, que
morreu após ser baleada nas costas.
O governo do
Estado transferiu oito presidiários (acusados de liderar os ataques) do
Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, para o Presídio
Federal de Catanduvas, no Paraná. Outra medida para tentar conter a violência
foi anunciada pelo Ministério da Defesa: o Rio terá o apoio logístico da
Marinha para reforçar as ações de combate aos criminosos.
A onda de ataques
já chegou ao interior do Estado. A Polícia Militar confirmou que um carro foi
incendiado na Praia do Forte, região nobre da cidade. Segundo a PM, houve
tentativa de incêndio em outros dois carros na cidade, mas, com a chegada da
polícia ao local, os criminosos fugiram. Não houve feridos.
Quinta- Feira, 25
de novembro
No quinto dia de
ataques ao Rio, um caminhão, um carro e uma moto foram incendiados na Avenida
Brasil. Dois micro-ônibus foram incendiados em Rocha Miranda; um carro pegou
fogo na Penha, bloqueando o trânsito.
No início da
tarde, um ônibus foi incendiado em São Gonçalo, segundo testemunhas, três
bandidos pararam o coletivo e mandaram as duas pessoas que estavam dentro
descer. Em seguida, atearam fogo ao veículo. Bandidos atiraram uma granada de
efeito moral no pátio do Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) na
Chatuba, em Mesquita. Uma van foi incendiada em Santa Cruz.
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