quarta-feira, 13 de julho de 2011

Congresso aprova aumento para aposentados e governo se prepara para vetos


O Congresso aprovou nesta quarta-feira, 13, o texto final da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012 com a previsão de ganho real para os aposentados, como acertado na terça-feira na Comissão Mista de Orçamento.

No texto final, ficou definido que "serão assegurados os recursos orçamentários necessários ao atendimento da política de ganhos reais aplicável às aposentadorias e pensões do Fundo do Regime Geral da Previdência Social a ser definida com as centrais em articulação com as centrais sindicais e com representantes das organizações de aposentados".

O Congresso tem a intenção de garantir ganho acima da inflação para aposentados que recebem mais do que um salário mínimo, como já acontece com as aposentadorias correspondentes ao piso salarial. A LDO ainda precisa ser sancionada pela presidente Dilma.

Além do ganho real para aposentados, o Congresso aprovou duas travas para as contas do governo em 2012, dentro da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012. A primeira proposta cria uma meta para o déficit nominal do governo (o gasto real do governo, incluindo despesas e receitas) de 0,87% do PIB em 2012.

O governo já avisou que vai vetar essa proposta porque considera inviável estabelecer uma meta tão rígida, apesar do discurso do governo de que quer atingir o déficit nominal zero. Os parlamentares também aprovaram uma segunda trava, estabelecendo que as despesas correntes do governo (gastos com custeio) não podem crescer mais do que os investimentos.

As duas propostas foram sugeridas pelo DEM e incluídas no texto pelo relator da LDO, deputado Márcio Reinaldo Moreira (PP-MG). O acordo foi feito na terça-feira, com a concordância dos governistas. Mas, diante da reclamação do Planalto, o líder do governo no Congresso, deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS), disse na hora da votação que o governo era contra as duas medidas e que nunca havia concordado com isso.

- Houve um cochilo do governo, que deve vetar - resumiu o relator Mário Reinaldo.

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